O Serviço de Urgência Básica do Centro de Saúde de Loulé, esteve durante o feriado de ontem e a manhã desta sexta-feira a funcionar sem médicos, uma situação considerada como “inaceitável” pelo executivo municipal de Loulé.
Perante esta lacuna que está a afetar fortemente o atendimento aos doentes no SUB Loulé, o presidente da Câmara Municipal, Vítor Aleixo, anunciou hoje que irá colocar esta questão diretamente ao Ministro da Saúde com o objetivo de o pôr ao corrente dos factos e, ao mesmo tempo, tentar encontrar uma solução, da mesma forma é sua intenção levar este assunto à AMAL para que a mesma tome posição.
Para os responsáveis de Loulé, para além de se tratar do concelho algarvio com mais habitantes, cerca de 70 mil, a população triplica durante o período de verão o que torna a ausência de médicos neste serviço de urgências insustentável face às necessidades.
Refira-se que na passada quarta-feira, o vice-presidente da Autarquia, Hugo Nunes, esteve reunido com os responsáveis da ARS para alertar sobre uma eventual falta de médicos na escala deste serviço, situação que viria a confirmar-se nos dias seguintes.
Nessa altura, a ARS remeteu as responsabilidades em matéria dos Serviços de Urgência Básica da região para o Centro Hospitalar do Algarve. Por seu turno, Pedro Nunes, presidente desta entidade, referiu à Câmara que tem havido uma colaboração total com a ARS ao nível dos Serviços de Urgência Básica, nomeadamente em Loulé, mas que estes ainda não são da responsabilidade do Centro Hospitalar.
Entretanto, a ARS já garantiu à Câmara Municipal de Loulé que até ao dia 6 de maio, terça-feira, está assegurado o escalonamento de médicos para este Serviço de Urgência Básica.
O presidente da Câmara, Vitor Aleixo, afirmou ainda que neste momento, mais do que saber de quem é a responsabilidade, é essencial garantir o Serviço de Urgência Básica às populações, o que até 6 de maio foi assegurado, mas receia que a situação possa repetir-se, com grave prejuízo para os utentes, e que se assim for não deixará de acompanhar as populações nas iniciativas de protesto que estas venham a promover.