A Assembleia Municipal de Monchique reúne amanhã à noite, em sessão extraordinária, para apreciar uma moção sobre o «estado do concelho».
A sessão foi requerida pelo PS, cujos deputados são os subscritores, (com os restantes membros da oposição), da moção de censura que vai ser apreciada e votada por aquele órgão autárquico deliberativo.
O documento subscrito por toda a oposição - que reúne sete elementos do Partido Socialista, um da Coligação Democrática Unitária (CDU) e um do Movimento Independente (MI), num colégio onde o partido que está no poder conta com oito elementos - incide sobre alguns assuntos pertinentes, reprovando e censurando a governação do executivo municipal do PSD liderado pelo edil Rui André.
Segundo os subscritores, no documento são apontados 25 projectos de relevo que reiteradamente, são inscritos nas Grandes Opções do Plano e Orçamentos, desde 2010, alertando para "peripécias e trapalhadas com obras e ideias com grande especulação e com nenhuma realização".
São focados gastos supérfulos sem benefício ou retorno evidentes para o Município ou para a população. É enfatizado o desrespeito e a ausência de apoio às Juntas de Freguesia. E denunciado que a atracção de investimento é meramente virtual. É verificado um enorme e agravado despovoamento, com especial enfoque desde que Rui André preside ao Município. São identificadas atribuições de subsídios não enquadrados ou feitas com base em irregularidades e identificado um gasto de quase 400 mil euros por ano em programas que não têm resultados visíveis, frisam ainda os subscritores.
A moção de censura, dado o número de subscritores (dez deputados) perante um universo de 18 elementos do órgão, deverá ser aprovada, cuja Assembleia reúne amanhã, com início às 21:00 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
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