Perante a polémica que envolve a "revolução" em curso no Hospital de Portimão, agora integrado no Centro Hospitalar do Algarve, que serve as populações do concelho de Monchique, o Presidente da Câmara Municipal de Monchique, Rui André, decidiu manifestar a sua preocupação com as notícias vindas a público, contra quaisquer medidas que ponham em causa o direito à saúde.
O autarca opõe-se frontalmente à eventual diminuição das respostas assistenciais do Hospital de Portimão, antigo Hospital do Barlavento Algarvio, e à sua quase total centralização, no que à urgência respeita, no Hospital de Faro.
Rui André diz lamentar que as mudanças em curso sejam feitas sem qualquer consulta aos autarcas da região, e até ao arrepio daquilo que têm sido as suas posições ao longo dos anos, afirmando que ninguém conhece melhor as necessidades das populações que aqueles que diariamente com elas contactam.
O edil reconhece a difícil situação económica e financeira que o país atravessa mas as medidas de poupança subjacentes a esta "revolução" na saúde algarvia não podem contribuir para agravar ainda mais a crise social, o abandono e a desertificação que afectam as zonas mais carenciadas do Algarve, em particular a sua população mais idosa.
Deste modo já solicitou, com caracter de urgência, reuniões com os Presidentes da ARS e do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve com vista a obter esclarecimentos e informações que permitam conhecer, em pormenor, todas as mudanças em curso.
Algarve Primeiro
