António Pina afirma que "em primeiro lugar estão, e sempre estarão, os Olhanenses", chamando a atenção para as dificuldades financeiras da autarquia.
Em comunicado o edil de Olhão, faz saber que na semana passada, o seu Executivo foi "confrontado" com uma iniciativa por parte da Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa Fuzeta/Moncarapacho que se autopropôs, com o apoio do Presidente da Junta de Freguesia, utilizar um terreno destinado à construção de uma creche (Fuzeta) para acolher alguns dos refugiados que o País – através dos acordos com o Governo estabeleceu –, irá receber.
António Pina afirma que "em primeiro lugar estão, e sempre estarão, os Olhanenses", chamando a atenção para as dificuldades financeiras da autarquia, apoiando os mais desfavorecidos, "como por exemplo, entregando livros gratuitos aos alunos do 1º. Ciclo, possibilitando consultas/cirurgias de oftalmologia através do Programa “Cuidar” e promovendo as mais diversas atividades nas áreas da Cultura, Desporto e/ou Juventude".
O autarca destaca que "sempre fomos um povo solidário, hospitaleiro e com uma grande capacidade de ajuda ao próximo, e nesta situação dos refugiados, "também nós não quisemos deixar de apoiar, porém, entendemos que a localização pretendida não era, de todo, a mais adequada. O terreno está numa zona de excelência cujo enquadramento se pretende virado para o turismo".
Após reunião com todos os intervenientes, nomeadamente a Presidente da Comissão Portuguesa para os Refugiados, o Presidente da Junta de União de Freguesias Fuzeta/Moncarapacho e o Presidente da Delegação da Cruz Vermelha da Fuzeta/Moncarapacho, o Município de Olhão frisa que "está solidário com este flagelo e disponível para encontrar soluções, não abdicando de exigir um acompanhamento definitivo à sua completa integração".
O edil, chama a atenção para este processo "ter obrigatoriamente, um plano a médio prazo, elaborado de forma a dar uma ajuda real de alojamento, de acompanhamento e integração, bem como limite temporal."
Na sequência da referida reunião, António Pina revela que a Comissária Teresa Titto Morais, informou "que até à data não há, por parte do Governo, uma definição sobre o financiamento, condições de enquadramento legal ou formas efetivas de apoio estatal para dar as condições mínimas a estas pessoas".
Também por parte da Cruz Vermelha, se o apoio não for suficiente, não haverá interesse em encabeçar este processo, informou o seu Presidente, à autarquia.