Economia

Autarca de S. Brás de Alportel classifica como “inconcebível” orçamento de Estado para 2015

É com desagrado que Vítor Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, diz ter tomado conhecimento da proposta do Orçamento de Estado para 2015, no que diz respeito a despesas com pessoal, considerando-a "impensável".

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No seguimento das notícias divulgadas pela comunicação social, o autarca são-brasense dirige-se ao Secretário de Estado da Administração Local solicitando que, dentro do governo, evidencie a premência de ser alterada a medida em referência para os municípios que tenham a situação financeira equilibrada. 
 
Vítor Guerreiro manifestou-se ainda, junto do presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, com o intuito de solicitar uma tomada de posição urgente quanto à necessidade de alteração das medidas anunciadas.
  
O autarca adianta que "a Câmara Municipal de São Brás de Alportel enfrenta sérios constrangimentos na tentativa de assegurar os vários serviços prestados à população, resultado da falta de recursos humanos para garantir os mesmos, situação que tem vindo a ser colmatada com a celebração de Contratos Emprego-Inserção, em colaboração com o Instituto do Emprego e Formação Profissional, uma solução provisória e precária".
 
Face a atual proposta de Orçamento de Estado para 2015, Vítor Guerreiro vê com preocupação a intenção do governo de limitar os gastos das autarquias com despesas de pessoal e aquisição de serviços somente a 35% da média da receita líquida cobrada nos últimos três anos. 
 
Para o autarca esta medida "representa, para a autarquia são-brasense, dispensar cerca de 50 colaboradores, colocando em causa a garantia dos serviços colocados à disposição dos munícipes". 
 
Vítor Guerreiro, ressalva que nos últimos vinte anos a autarquia são-brasense tem desenvolvido uma gestão rigorosa e equilibrada, em função da estratégia de aproveitamento eficiente dos recursos comunitários existentes no concelho, de modo a garantir mais qualidade e diversidade nos serviços prestados à população, bem como mais qualidade de vida.
 
Com uma situação financeira saudável e capacidade para contratar mais colaboradores para fazer frente às reais necessidades do concelho, Vítor Guerreiro demonstra uma profunda "insatisfação" perante o não cumprimento pelo assumido, pelo Secretário de Estado da Administração Local, de não inviabilizar a contratação de pessoal nas autarquias, desde que tal não implicasse acréscimo de despesa com o pessoal para as autarquias detentoras de uma situação financeira equilibrada.  
 
Perante a imposição destas limitações o autarca propõe ao Secretário de Estado da Administração Local que seja redimensionada a proporcionalidade do volume de despesas com pessoal e aquisição de serviços em montante não superior a 45% e ao presidente do Conselho Diretivo da Associação Nacional de Municípios Portugueses que evidencie a urgência de alterar estas medidas junto do governo, "como reconhecimento do esforço e das boas práticas de gestão e administração financeira de algumas autarquias, como é o caso de São Brás de Alportel".