Vítor Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, manifestou preocupação com a demora na resolução da situação transitória de gestão do Centro de Medicina e Reabilitação do Sul, pela Administração Regional de Saúde do Algarve, IP, numa reunião com o presidente deste instituto público, que teve lugar hoje nas instalações do Centro de Medicina e Reabilitação do Sul, e para a qual se fez acompanhar do deputado do Partido Socialista, Miguel Freitas.
Desde novembro de 2013 que a ARS Algarve assume a gestão do Centro de Medicina e Reabilitação do Sul, em São Brás de Alportel, enquanto se aguarda por um novo concurso público para atribuição da gestão do centro a uma entidade privada.
Segundo informa nota de imprensa da autarquia, "a falta de celeridade neste processo e as limitações causadas pela Lei do Orçamento de Estado que impossibilitam a contratação de profissionais para ocupar as vagas em aberto, bem como a expedita aquisição de material de consumo clínico, entre outros, são motivos de grande preocupação para a autarquia, que reconhece o exemplar trabalho desenvolvido por esta unidade considerada de excelência na área da reabilitação".
A mesma nota de imprensa frisa que "com a saída de alguns profissionais de diversas áreas de especialização, o Centro de Medicina e Reabilitação do Sul enfrenta atualmente sérias dificuldades em manter a mesma acessibilidade e qualidade dos serviços prestados aos utentes, tendo sido obrigado a encerrar o serviço de ambulatório, depois de em janeiro ter fechado 10 camas da unidade de internamento, de modo a garantir a manutenção dos restantes serviços".
A falta de medicamentos é outro dos problemas que afeta o Centro, devido aos procedimentos necessários para a aquisição de bens, "que se revelam morosos e complexos."
Neste contexto, o presidente Vítor Guerreiro manifestou o seu desagrado pela "falta de sensibilidade demonstrada pelo governo em relação aos serviços prestados pelo Centro de Medicina e Reabilitação do Sul à população". Para garantir a qualidade habitual dos serviços é "fundamental que seja autorizado um regime de contratação excecional para admissão de pessoal ou aquisição de prestação de serviços, com vista a colmatar a falta de profissionais no CMR Sul, até existir um parceiro para partilhar a gestão desta unidade de saúde. Da parte da autarquia manteremos toda a disponibilidade para colaborar no que estiver ao nosso alcance, bem como continuaremos a acompanhar esta situação”, salientou o autarca.