Sociedade

Autarcas algarvios exigem respostas aos constrangimentos que afetam Centro de Medicina e Reabilitação do Sul

No último Conselho Intermunicipal da AMAL, foi aprovada uma moção em defesa de um entendimento urgente com vista a resolver os constrangimentos que afetam o funcionamento e desempenho do Centro de Medicina e Reabilitação do Sul (CMR-Sul), sediado em São Brás de Alportel.

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A moção incentiva a união dos presidentes das câmaras municipais do Algarve na defesa de um futuro "digno e adequado" a esta unidade de saúde, diferenciada e única no sul do país, exigindo que o Ministério da Saúde apresente definitivamente medidas claras e conclusivas quanto ao novo modelo de gestão a executar para garantir o pleno funcionamento do CMR-Sul no futuro.
 
O anúncio do encerramento do serviço de ambulatório motivou a apresentação da Moção “Recuperar o pleno funcionamento do Centro de Medicina e Reabilitação do Sul”, pelo presidente do município, Vítor Guerreiro, tendo sido aprovada por todos os presidentes de câmara da região.
 
A AMAL lembra que os constrangimentos que atingem esta unidade de saúde, detentora de acreditação internacional por organizar os seus serviços respeitando as melhores práticas mundiais, acumulam-se desde 2013, quando a gestão do centro passou a ser responsabilidade da Administração Regional de Saúde do Algarve. 
 
Mudança motivada pela recusa do Tribunal de Contas em prorrogar o contrato de gestão estabelecido no âmbito de uma parceira público-privada com a GPSaúde – Sociedade Gestora do Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, S.A.
 
Desde então o CMR Sul enfrenta sérias dificuldades que impedem os seus profissionais de garantir a normalidade dos serviços de acordo com os padrões de exigência conquistados no passado. 
 
Ao longo dos últimos três anos o Centro tem-se deparado com a falta de profissionais, falta de medicamentos para tratamento dos utentes internados bem como de equipamentos necessários para o correto tratamento dos pacientes.
 
Para o Presidente da AMAL, Jorge Botelho, “é fundamental para o Algarve acabar com as complicações diárias que afetam o normal funcionamento do Centro de Medicina e Reabilitação, colocando em causa a prestação de cuidados de saúde desta unidade de excelência no setor da medicina física e de reabilitação, com resultados acima dos padrões europeus no que se trata em conquistar maiores progressos em períodos de internamento mais reduzido. A nossa população não pode ficar privada do acesso a estes cuidados por causa de uma resposta que tarda em chegar do governo central”.