Desporto

Autarquia de Faro diz que "injustificável veto político" pode levar a bloqueio de Serviços Desportivos

A autarquia farense diz que nos últimos 10 anos, por "sucessivas obrigações legislativas e imposições de ordem financeira obrigaram à redução do número de funcionários e impossibilitaram a contratação de mais recursos humanos que permitissem a subsistência, por meios próprios, de todos os projetos desenvolvidos".

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Em comunicado enviado à imprensa, o Município explica que foi criado um procedimento, "público e transparente", de concessão de serviços desportivos que permitissem assegurar a totalidade das atividades desportivas já implementadas. 
 
No entanto é referido no mesmo comunicado, que na Assembleia Municipal do passado dia 29 de junho, os votos contra dos partidos da oposição PS, PCP e BE, "inviabilizaram a subsistência e regularidade de um serviço de domínio público de incontornável importância, que, uma vez empatados num primeiro sufrágio (15 contra dos partidos acima referidos e 15 a favor dos partidos da coligação PSD, CDS, MPT, PPM e PAN) se viram desempatados pelo voto de qualidade do presidente da mesa da Assembleia Municipal Luís Graça".
 
Para o executivo de Rogério Bacalhau, este "injustificável veto político" poderá ter consequências "cataclísmicas" para o programa desportivo e tecido social farense. 
 
A autarquia receia que a rejeição da renovação da concessão poderá implicar o cancelamento de 103 classes/turmas com 2760 praticantes inscritos, desde a natação para bebés até aos seniores com mais de 60 anos; redução dos horários de abertura das Piscinas Municipais e Centro Náutico para utilização livre (atualmente com 17 mil utentes); redução da capacidade de receber a totalidade dos alunos do primeiro ciclo no projeto escolar "Saber Nadar" (980 crianças); fim do projeto “Sénior Ativo”; aumento da despesa em 21%, mais concretamente € 188 284,91.
 
No mesmo documento pode ler-se que a situção "empurra forçosamente os funcionários ao serviço das anteriores concessões para uma situação de desemprego", nomeadamente:17 Técnicos superiores avençados; 1 Técnico superior coordenador efetivo; e 2 Assistentes técnicos efetivos; 2 Técnicos de limpeza avençados.