Em face dos dados já conhecidos, a Câmara Municipal de Faro fez hoje um balanço do seu comportamento financeiro e económico durante o ano de 2016.
Em primeiro lugar, e com base nos documentos consultados, a autarquia destaca a inexistência de dívidas de curto prazo a terceiros.
Também o prazo médio de pagamentos decresceu de 71 para cerca de 60 dias, depois de o Município ter pago a mais de 300 dias.
Quanto à dívida de médio e longo prazo, cifra-se no valor mais baixo dos últimos dez anos: 33.424.931,35 euros.
Em 2015, este valor ficou em 39,8 milhões e, em 2014, em 44,4 milhões de euros.
Feitas as contas, nos últimos dois anos, foi possível abater à dívida de médio e longo prazo um total de aproximadamente 11 milhões, confirma comunicado da edilidade.
Os dados conhecidos demonstram também que a economia do concelho se comportou de forma muito positiva, dando sinais evidentes de crescimento. Avaliando o comportamento do Imposto Municipal sobre Transações Onerosas de Imóveis (IMT), constata-se um crescimento de cerca de 44% face a 2015.
Assim, em 2016 o Município recolheu 4.734.842,06 euros, contra os 3,3 milhões apurados em 2015, indicador que para a Câmara de Faro, revela a recuperação do setor imobiliário do concelho, onde muito contribuíram as operações de regeneração urbana, de iniciativa municipal e privada, a que se assistiu nos últimos anos.
Outro indicador importante do estado da economia do concelho tem a ver com a taxa geral de derrama, revelando uma performance superior face ao ano anterior em cerca de 73%.
Com este imposto municipal que incide sobre o lucro tributável das pessoas coletivas, a autarquia recolheu em 2.085.451,86 € no ano de 2016. Em 2015 esta taxa permitira recolher cerca de 1,2 milhões de euros.
Também conhecido é o dado que diz respeito à taxa de execução da receita que, desta vez, foi superior a 100%, tendo-se fixado nos 101,86%.
Para o Presidente da autarquia, Rogério Bacalhau, estes dados, ainda que provisórios, constituem "um sinal evidente de que a política económica e financeira que tem sido seguida, não só no exercício que ora finda mas desde o ano de 2009, tem sido a mais adequada"
Finalmente a autarquia lembra que o orçamento para 2017 expressa já um abaixamento de 10% do IMI e contempla mesmo uma dotação extraordinária de cerca de 3,46 milhões de euros para investimentos de capital, resultantes do saldo de gerência de 2015, "que o Governo não deixou aplicar em 2016 por não considerar urgentes as intervenções propostas".
Algarve Primeiro