Tendo em conta a Estratégia Local de Habitação do Concelho de Loulé, a autarquia adquiriu três edifícios devolutos no centro da cidade de Loulé para reabilitar e possibilitar que mais famílias tenham acesso à habitação, seguindo a meta de, até ao ano de 2030, apoiar diretamente 1400 agregados.
O valor estimado para o custo global da intervenção é de €900.000,00, confirmou o Município em comunicado.
Paredes-meias com o casco histórico, na Rua de S. Paulo encontra-se um dos imóveis que será intervencionados e cuja execução do projeto já foi iniciada. Com uma área de lote de 353,01m2, o edifício requer intervenção a nível estrutural, fachadas, revestimentos e pavimentos interiores, assim como das infraestruturas de águas, esgotos, eletricidade e telecomunicações.
Segundo a autarquia a ideia, passa por criar um edifício plurifamiliar habitacional de fogos com tipologias T1 e T2. "O objetivo é que o projeto garanta as condições de habitabilidade, ao mesmo tempo que permita relacionar a utilização do edifício com a vivência de espaço público circundante", explica a edilidade.
Paralelamente, a Câmara de Loulé adianta que adquiriu mais dois edifícios destinados à criação de fogos habitacionais: um nas Ruas Miguel Bombarda e Cândido Guerreiro, que se encontra em fase de contratação da equipa projetista, e outro na Rua 5 de Outubro, para o qual já foi realizado o levantamento topográfico e arquitetónico, estando em curso o programa preliminar.
«A habitabilidade assume-se como o eixo primeiro das opções estratégicas, e onde o fomentar da reabilitação dos edifícios se destaca como medida prioritária. O Centro Histórico de Loulé́ sendo uma referência construída de elevado valor patrimonial para o concelho, assim como para a região, tem que inverter as tendências de perda populacional, melhorar as condições de vida aos residentes e reforçar a sua identificação e sentido de pertença com o local e atrair novos residentes que possam dinamizar e diversificar a oferta comercial, criativa e cultural», consideram os responsáveis municipais.
Neste âmbito, a autarquia tem vindo a adquirir lotes de terreno para a construção de fogos e, no mês de julho, promoveu uma consulta ao mercado imobiliário, quer para a aquisição quer para o arrendamento de imóveis destinados a habitação pública.