Na última sexta-feira de manhã, teve lugar na Escola EB. 2.3 João da Rosa, uma manifestação que levou ao encerramento do portão de entrada daquele estabelecimento de ensino.
Uma iniciativa que demonstrou a revolta por parte dos alunos, encarregados de educação e funcionários, com o estado do campo desportivo da escola, ação que mereceu intervenção da PSP que teve de cortar as correntes que não permitiam a entrada na escola.
Já no dia anterior tinha havido uma outra manifestação que mostrou "de forma silenciosa e pacífica, preocupação pelo estado do campo desportivo descoberto da escola", lê-se no site do Agrupamento, "tendo sido formado um cordão humano à volta do referido recinto, em que todos deram as mãos, reclamando a reabilitação de um espaço desportivo vital para a escola e a segurança dos alunos e outros utilizadores do mesmo".
Na última semana também a Câmara Municipal de Olhão tinha manifestado a sua preocupação pela forma como o Ministério da Educação "se tinha demitido da responsabilidade de proceder à necessária reconstrução do polidesportivo exterior da Escola EB 2,3 João da Rosa".
Em comunicado o Presidente da Câmara de Olhão, António Pina, explicava que apesar da tutela "insistir no facto de que deve ser a autarquia a proceder a essas obras", o autarca não defendeu essa posição, "partilhada também pelo órgão de gestão da escola e os pais dos alunos que frequentam o estabelecimento de ensino".
António Pina, esclareceu que a verba disponibilizada pelo Ministério da Educação para as escolas EB 2,3 do concelho – 20 mil euros cada – é transferida para as mesmas através de um protocolo celebrado entre a autarquia e os órgãos de gestão, para pequenas obras de manutenção, como por exemplo pinturas de paredes, arranjos de serralharia e canalização, reparação de tetos e telhados ou substituição de vidros e espelhos, entre outras, necessárias ao bom funcionamento das escolas.
Em causa estava um investimento na ordem do 45 mil euros + IVA para reconstruir o polidesportivo, valor que para o edil, iria "hipotecar, toda a manutenção dos próximos dois anos".
Assunto que também já tinha sido alvo de discussão no Conselho Municipal de Educação que, por maioria, entendeu que esta seria uma obra da responsabilidade da tutela.
Presente da manifestação de sexta-feira, o autarca António Pina, anunciou que a Câmara Municipal de Olhão irá suportar os custos da obra.
Em declarações ao Algarve Primeiro, António Camacho, chefe de Gabinete do Presidente e Coordenador da área de Educação da Autarquia, referiu que "em março a edilidade teve uma reunião com o Secretário de Estado, e outra em junho, mas nunca houve uma resposta, levando a que o Presidente, avançasse com a obra, o que deverá acontecer em outubro, se tudo correr bem e se as condições climatéricas ajudarem, muito antes do final deste primeiro período letivo a escola terá o seu polidesportivo reparado".
António Camacho, ressalva contudo que "a escola tem um pavilhão desportivo coberto com todas as condições, faltando resolver esta situação, não só para alargar a prática desportiva mas também por uma questão de segurança dos alunos".