Saúde

Autarquia de VRSA defende construção urgente de novo edifício para o Serviço de Urgência Básica

 
 
 
A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António defende a necessidade urgente de construir um novo edifício para acolher o Serviço de Urgência Básica (SUB) de VRSA, tendo em consideração as limitações do atual equipamento em termos estruturais e operacionais.

De acordo com a autarquia, além de o imóvel não se adequar aos níveis de procura registados, o facto de o SUB partilhar as instalações com o Centro de Saúde de VRSA, onde se inserem duas Unidades de Saúde Familiar e uma Unidade de Cuidados na Comunidade, constitui uma condicionante para a requalificação do próprio Centro de Saúde.
 
Nesta sequência, o presidente da Câmara Municipal de VRSA, Álvaro Araújo, transmitiu estas preocupações ao secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, no âmbito da iniciativa «Saúde Aberta», que, na segunda-feira, percorreu todos os concelhos do Algarve para conhecer projetos em curso e identificar necessidades no Serviço Nacional de Saúde.
 
De acordo com o autarca vila-realense, «neste momento, o município de VRSA possui, no mesmo terreno onde está sediado o Centro de Saúde, um espaço útil para a implementação de um novo Serviço de Urgência Básica. Além disso, o PDM permite a construção de um edifício mais moderno, com condições de segurança e conforto adequadas para utentes e profissionais de saúde».
 
«Sendo o SUB de Vila Real de Santo António o único recurso de assistência à saúde para situações de urgência, e tendo em consideração o trabalho meritório que tem desenvolvido e as enormes carências que tem ajudado a suprir, importa valorizar este equipamento que serve uma população de cerca de 35 mil habitantes dos concelhos de VRSA, Castro Marim e Alcoutim, número que duplica durante os meses de Verão», enfatizou Álvaro Araújo.
 
A autarquia recorda em comunicado, que o SUB de VRSA, ao estar integrado no mesmo edifício que o Centro de Saúde, não permite a sua expansão, "sendo que o mesmo carece de gabinetes médicos, de enfermagem e de outros técnicos de saúde, não dispondo de salas adequadas para pequenas cirurgias, para atividades inerentes à Saúde Pública, para formação em serviço, para reuniões ou para desenvolver intervenção na área da Saúde Mental".
 
Apesar de, no âmbito da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários, enquadrada no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), se encontrarem a decorrer avisos para a requalificação e construção de novas unidades - nomeadamente no polo da USF Levante, na freguesia de Monte Gordo, e no polo da USF Esteva, na freguesia de Vila Nova de Cacela -, ainda não estão contempladas intervenções no edifício sede de VRSA.
 
Contudo, no seguimento da transferência de competências na área da saúde para o Município, com efeitos a 1 de junho de 2022, foi constatado que as unidades de cuidados de saúde primários carecem de maior espaço físico para o desempenho das carteiras de serviço contratualizadas, nomeadamente em VRSA, o que implica um reforço estrutural das instalações.