“O Tribunal Constitucional não nos deu a validação e sem esse aval não podemos avançar”, lamentou Elsa Parreira, eleita pelo PS para aquela autarquia nas eleições de 2021, acrescentando que este foi “um movimento que nem sequer chegou a crescer”.
Elsa Parreira chegou a ser vice-presidente da Câmara de Olhão num sistema de rotatividade no concelho presidido por António Miguel Pina, que agora concorre ao mesmo lugar, mas em Faro, depois de ter atingido o limite de mandatos na Câmara de Olhão.
“Decidi avançar porque nos fomos apercebendo do grande descontentamento da população de Olhão e de algumas manobras com as quais não concordámos”, disse, acrescentando que vai regressar ao seu lugar de professora e que decidirá, daqui a quatro anos, se avançará novamente.
Em agosto passado, o presidente da Câmara de Olhão decidiu retirar as funções executivas e os pelouros atribuídos a dois vereadores do executivo do PS, depois de saber que estes encabeçavam uma lista de candidatura independente às autárquicas.
Elsa Parreira tinha responsabilidades nas áreas da educação, ação social e habitação social, enquanto João Evaristo tutelava a cultura, desporto e lazer, juventude, ambiente, apoio ao empresário e transportes municipais.
Apesar de se ter mantido como vereadora, Elsa Parreira desfiliou-se do PS em 18 de agosto para encabeçar o movimento de independentes no qual estava o vereador João Evaristo, também eleito pelo PS, e que era o número dois da mesma lista.
Os candidatos à presidência da Câmara de Olhão são Ricardo Calé (PS), António Andrade (AD, coligação PSD/CDS-PP), Ricardo Moreira (Chega), Florbela Gonçalves (CDU) e Alexandre Pereira (PAN).
Nas eleições autárquicas de 2021, o PS venceu a corrida à Câmara de Olhão com 49,20% dos votos (cinco mandatos), seguido da coligação PSD/MPT/PPM/Aliança com 21,58 (dois mandatos) e do Chega com 7,60%.