A Câmara de Alcoutim foi uma das autarquias lideradas pelo PSD que, nas eleições de domingo, foram conquistadas pelo PS e o presidente eleito, Osvaldo Gonçalves, confessou à Lusa que o triunfo alcançado foi maior do que o esperado.
Osvaldo Gonçalves considerou que os 50,83% alcançados pelos socialistas, contra os 42,24% do PSD, mostraram a vontade de mudança da população e puseram termo a duas décadas de poder social-democrata no município, sob a presidência de Francisco Amaral.
“É naturalmente um motivo de alegria e, ao mesmo tempo, a recompensa de um trabalho que foi feito e, na minha opinião, bem feito. E a prova está à vista. Tivemos um trabalho que não começou agora, obviamente, projetámos as nossas ideias, apresentámo-las às pessoas na pré-campanha e na campanha e, já desde essa altura, notávamos de uma forma bastante acentuada que existia uma profunda necessidade de mudança”, afirmou Osvaldo Gonçalves à Lusa.
O presidente eleito, que conseguiu três dos cinco mandatos em disputa, ficando os outros dois na posse do PSD, acrescentou que a sua lista continuou sempre a apresentar as ideias e “nunca esmoreceu”, apesar de sondagens menos favoráveis.
“As nossas previsões estavam corretas e confesso que não esperava uma vitória tão expressiva”, afirmou.
Osvaldo Gonçalves disse ainda que a primeira medida a adotar após a tomada de posse “será arrumar a casa e ver como ela está”.
“Espero que esteja arrumadinha e as contas estejam tão bem como tem sido anunciado por aí e reportado pela comunicação social”, acrescentou.
Alcoutim é um dos concelhos mais desertificados e envelhecidos do país, com uma população dispersa por montes em plena serra algarvia, e o executivo era liderado pelo PSD desde 1993, ano em que o social-democrata Francisco Amaral venceu a primeira de cinco eleições consecutivas para o município.
Francisco Amaral não se pôde recandidatar devido à lei de limitação de mandatos e Osvaldo Gonçalves conseguiu capitalizar a saída do autarca para dar a vitória ao PS e derrotar a lista social-democrata encabeçada pelo vice-presidente, José Carlos Pereira.
Algarve Primeiro:Lusa