Economia

Autores do "Lugar ao Sul" debateram descentralização de competências e regionalização em Castro Marim

 
A Casa do Sal, em Castro Marim, recebeu esta quarta-feira, alguns dos autores do Lugar ao Sul, numa tertúlia sobre a descentralização de competências e a regionalização.

 
"Lugar ao Sul" é um projeto de 2016 que reúne 16 autores e outros tantos convidados, unidos pela mesma paixão, o Algarve, e pela mesma vontade, refletir para um futuro melhor para a região.
 
Participaram nesta sessão, um painel de sete autores – Dinis Faísca, Gonçalo Gomes, Vanessa Nascimento, Filomena Sintra, Luís Coelho, Sara Luz e Bruno inácio-, moderados pelo jornalista João Tiago.
 
Estiveram também presentes autarcas locais, bem como o adjunto da Secretaria de Estado da Saúde, Francisco Martins.
 
Segundo reflete a Autarquia de Castro Marim em nota de imprensa, na tertúlia falou-se sobre os benefícios e eventuais prejuízos da regionalização para o Algarve, "considerando uma diversidade de áreas em que a descentralização de competências veio acentuar as assimetrias já avassaladoras entre os municípios com maior ou menor dimensão". Maioritariamente a favor da regionalização, o painel considerou no entanto que aquilo que se tem levado a cabo neste sentido "passou por uma descentralização de obrigatoriedades e de tarefas de execução, ignorando que a descentralização também passaria pela tomada de decisão, que continua na administração central".
 
«Foi arrojado o primeiro-ministro António Costa fazer esta descentralização 'em cima do joelho' e não acredito que isto seja possível até dia 1 de janeiro de 2021. O que seria da cultura, da solidariedade social, se não fosse os municípios?», declarou o presidente da câmara municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, referindo ainda que a atitude do Algarve em relação ao poder central tem sido de subserviência. «O Algarve sempre teve falta de um Alberto João Jardim», concluiu.