Sociedade

Autoridades alertam para burlas no aluguer de casas no Algarve

A mensagem repete-se todos os anos e tem em vista prevenir situações de burla. As autoridades recomendam postura desconfiada na hora de reservar uma casa para férias.

PUB
 
Tendo em conta as constantes situações de burla no que se refere ao aluguer de casas para férias que, em muitos casos, não existem, a GNR alerta para não se efetuar qualquer tipo de transferência bancária sem que se veja o imóvel, sem que se comprove do que se trata e se o mesmo corresponde ao que foi acordado.
 
Segundo a TVI, na maioria das situações os turistas fazem as reservas pela Internet e não dispõem de muita informação adicional e concreta. 
 
Acabam por pagar e, já têm surgido situações de burla, pelo que se deve estar atento aos negócios que se fazem à distância.
 
Nos últimos dias, o Algarve já registou 22 detenções na sequência de burlas com casas de férias. A GNR pede que todas as situações sejam denunciadas pelos lesados para que se possa combater o “negócio”.
 
Uma associação para a segurança no Algarve está a alertar os turistas para o perigo do arrendamento fictício de imóveis para férias, burla que este ano já originou 22 queixas às autoridades da região, segundo fontes das forças de segurança.
 
As burlas acontecem normalmente através de reservas online, em que as vítimas, na sua maior parte pessoas residentes no estrangeiro, fazem o pagamento adiantado do alojamento em casas de férias, para descobrirem depois que a reserva não foi feita ou que a casa não existe.
 
Para ajudar os turistas a não serem enganados, a «Algarve Safe Communities» publicou na sua página de Internet alguns conselhos, como a necessidade de os turistas se certificarem de que o site que publica a oferta é de uma entidade legítima e de perceberem se existe informação detalhada sobre a empresa, comentários de anteriores clientes ou contactos credíveis.
 
Segundo o presidente da associação, dedicada à prevenção de crimes, David Thomas, a prática deste tipo de esquemas existe noutros países e «não é exclusiva do Algarve», tendo sido reportados à associação três casos em 2013, esquemas que, no sotavento algarvio, conduziram à detenção de uma pessoa.
 
Outras das sugestões da associação, inspiradas num documento de uma solicitadora britânica especializada em fraudes deste género, é pesquisar num motor de busca o nome do site ou agência seguidos da palavra «queixa» e nunca enviar dinheiro através de empresas de transferências financeiras, pois qualquer pessoa pode recolhê-lo.
 
Segundo a «Algarve Safe Communities», é relativamente fácil obter detalhes de propriedades na Internet, para depois as publicitar ilegalmente, pelo que os turistas devem preferir centrais de reservas que disponham de seguro, já que a maioria não se responsabiliza por perdas financeiras, não sendo obrigatório verificar se a oferta é legítima.
 
Este ano, a GNR e a PSP receberam 22 queixas por burlas relacionadas com o arredamento fictício de imóveis para férias no Algarve (19 na área da GNR e três na área da PSP), número inferior às 29 queixas registadas no ano passado.