Os Bancos Alimentares Contra a Fome recolheram este fim-de-semana mais de 2.100 toneladas de géneros alimentares, na campanha realizada em 2.000 superfícies comerciais de 21 regiões do país.
Prosseguem ainda ao longo da semana, até 8 de dezembro, a campanha "Ajuda Vale", nos supermercados, e a campanha online em
www.alimentestaideia.pt.
No Algarve 2 mil voluntários deram a sua ajuda, em 141 lojas de todos os concelhos da região e também em dois armazéns.
Segundo o Banco Alimentar Contra a Fome do Algarve, foi possível recolher 140 toneladas de alimentos, um valor superior em cerca de dez toneladas face ao ano passado.
Segundo a Presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome, «não podemos deixar de sublinhar o papel dos voluntários, pessoas de todas as idades, com convicções políticas e religiosas diversas que, participando, lado a lado, contribuem de forma fraterna e solidária para uma sociedade mais justa e coesa»,
Isabel Jonet, salientou que «temos de agradecer aos milhares de doadores, aos voluntários, às empresas e entidades que apoiaram esta campanha, dando assim o seu grande contributo para que os Bancos Alimentares possam continuar a acudir a muitas pessoas necessitadas.»
Os géneros alimentares recolhidos serão distribuídos, a partir da próxima semana, a 2.400 Instituições de Solidariedade Social, que os entregam a cerca de 380 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confecionadas.
Isabel Jonet destaca ainda que é «muito importante e gratificante para todos os voluntários e para o Banco Alimentar poder contar com o apoio do Presidente da República, que dá assim destaque a esta rede social de carne e osso.»
Segundo dados divulgados recentemente pelo INE, mais de 2,2 milhões de pessoas estão em risco de pobreza em Portugal ou exclusão social (21,6% da população). Se fossem considerados apenas os rendimentos do trabalho, de capital e transferências privadas, 43,4% da população em Portugal estaria em risco.