O Bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, esteve ontem na Universidade do Algarve, perante um plateia repleta de futuros médicos, onde falou das mais recentes propostas de alteração do Regulamento do Internato Médico e da prova de acesso à especialidade.
Foram muitas as questões dirigidas ao Bastonário e são ainda mais as dúvidas e preocupações que afetam os jovens médicos, muitos dos quais a realizar o Ano Comum em hospitais da região, formados ou não na UAlg.
Para Isabel Palmeirim, diretora do Mestrado Integrado de Medicina (MIM), “esta visita serviu também para transmitir ao Bastonário o balanço positivo do MIM, que já vai na sua quinta edição, tendo já formado 29 médicos, que já estão a realizar o Ano Comum em hospitais ”.
José Manuel Silva mostrou alguma preocupação em relação ao futuro da classe médica, admitindo até que alguns profissionais poderão ter que optar pela emigração “à procura de melhores condições”.
Considera que se estão a formar especialistas a mais, embora reconheça que existem algumas especialidades com falta de profissionais, mas prevê que em 2025, segundo um estudo apresentado, existam entre 6 a 9 mil especialistas em excesso.
Sobre as propostas de alteração do Regulamento do Internato Médico, o Bastonário defende que “a Ordem dos Médicos vai continuar a assegurar o regulamento”.
Na sua opinião “a verdadeira reforma do Estado ainda não se fez” e “as perspetivas de futuro não são animadoras”. Em jeito de conselho, o presidente da Ordem termina a reunião pedindo aos futuros médicos que acima de tudo centrem a sua ação em duas palavras: “qualidade e vocação”.
José Manuel Silva reuniu-se, ainda, com a direção do Curso de Medicina e com o Reitor da UAlg.