Em comunicado, o partido fala das dificuldades de contratação de profissionais de saúde e a sua retenção na região, em parte devido ao custo de vida, onde se inclui o preço das habitações, que tem retirado capacidade formativa aos hospitais da região, fazendo diminuir a atratividade de jovens profissionais, nomeadamente, de médicos.
É neste contexto "de diminuição das respostas em saúde na região" que o Bloco de Esquerda considera o "recente anúncio da Ministra da Saúde de poder vir a encerrar a delegação do INEM inaceitável".
O BE lembra que o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), inaugurado em maio de 2024, custou 2 milhões de euros aos algarvios (dinheiro do Município de Loulé) tendo assumido "um papel fulcral" na coordenação da emergência numa região com uma população residente de 460 mil pessoas e cerca de 5 milhões de turistas por ano.
Se tal acontecer, o Bloco Algarve considera que a região ficará "numa situação ainda mais periférica", nomeadamente, no que diz respeito às condições de articulação do sistema integrado de emergência médica com as diversas entidades, bombeiros, hospitais e Cruz Vermelha Portuguesa.
Entende que esta decisão, levará a um aumento das "mortes evitáveis, por ser deliberadamente enfraquecida a capacidade de resposta de emergência", adianta no comunicado.
O partido conclui que esta decisão, será de "uma enorme irresponsabilidade" e que tudo fará para a impedir, revelando "a falta de planificação que tem pautado o percurso errático do Governo e, em particular, da Ministra da Saúde que é mais notícia por encerrar serviços do que por inaugurá-los, com o efetivo desperdício que resulta da sua governação".