Política

BE de Lagoa denuncia falta de médicos de família no concelho

O Bloco de Esquerda de Lagoa diz-se preocupado com a carência de médicos no concelho e também com a transferência da médica da extensão de saúde do Parchal para a Unidade de Saúde Familiar de Portimão, tendo reunido com a Diretora Executiva do ACES Algarve II do Barlavento.

PUB
 
A Diretora Executiva do ACES Algarve II do Barlavento, Leonor Botas, confirmou que para a Extensão de Saúde de Ferragudo, foram abertos dois concursos para admissão de um médico, em Abril e em Novembro, mas não houve qualquer candidatura. Todavia, a diretora disse que “anda em contacto com um médico” e que poderá haver um acordo de uma possível transferência para a vaga existente. Atualmente continuará o médico de recurso a prestar o atendimento aos utentes nesta extensão.
 
Na Extensão de Saúde do Parchal, a médica Maria da Luz Sales foi transferida para Portimão, sendo a coordenadora da recente criada Unidade de Saúde Familiar. Mas até ao fim de 2016, a médica continuará em funções no Parchal e no Centro de Saúde de Lagoa. A partir de Janeiro de 2017 irá uma médica substituí-la a tempo inteiro, ficando com um ficheiro de cerca de 1900 utentes. O médico de recurso também continuará a atender os doentes nesta extensão de saúde, adianta o Bloco.
 
Na Extensão de Saúde de Estômbar não haverá qualquer redução, mantendo-se o médico de família existente e o médico de recurso.
 
Na Extensão de Saúde de Porches ainda não existe a certeza se o médico de família irá ou não reformar-se.
 
Na Extensão de Saúde de Carvoeiro, em princípio não haverá qualquer alteração.
 
No Centro de Saúde de Lagoa irá sair um médico para a USF de Portimão, pelo que ainda não surgiu qualquer substituto, no entanto, o BE ressalva que o ACES Algarve do Barlavento irá resolver a situação o mais rápido possível, para que seja restabelecida a normalidade.
 
Neste momento, o objetivo da Diretora Executiva é criar Unidades de Saúde Familiar “USF” na área do Barlavento, incluindo no concelho de Lagoa, existindo atualmente treze unidades no Algarve. Estas unidades permitirão maior cobertura aos utentes, melhores cuidados médicos e terão um horário de atendimento entre as 8 e as 20 horas. 
 
Foi dada a garantia de que nenhuma extensão de Saúde existente no concelho de Lagoa seria encerrada.
 
Da parte da ARS Algarve foi somente aprovada a contratualização de uma médica para o Parchal, pelo que o Bloco de Esquerda de Lagoa responsabiliza aquele organismo público, "de não saber contornar a falta de médicos no concelho de Lagoa".
 
Algarve Primeiro