Nota do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, faz saber que o orçamento do SNS recuou 10 anos – em 2015 foi de 7,8 mil milhões, ao nível das dotações de 2005/06.
Entre 2010 e 2014 a despesa pública total com a saúde foi reduzida em 5,5 mil milhões de euros.
Nesta área, o Bloco diz que o Algarve foi "tragicamente" atingido a nível de saúde pública e, muito em particular, nos Hospitais de Faro, Portimão e Lagos sob administração do Centro Hospitalar do Algarve.
Falta assustadora de médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde, falta de medicamentos e de material cirúrgico, adiamento de cirurgias programadas, degradação dos cuidados de saúde hospitalares, caos nas urgências, a maternidade de Portimão em risco de fechar, encerramento ou diminuição grave de serviços e valências, com destaque para a Anestesia, Ortopedia, Pediatria e Obstetrícia/Ginecologia, descontentamento acentuado dos profissionais de saúde por falta de condições, têm sido uma constante no Centro Hospitalar do Algarve, descreve o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda.
Os últimos casos ocorridos no Hospital de Faro, relativamente às longas filas de espera, nas urgências no dia de Natal, que motivou protestos de utentes, levando à intervenção das autoridades policiais, e o recente caso da morte de um doente, vítima de um AVC, transferido de Faro para Coimbra, revelam segundo o Bloco que "a situação de degradação do SNS na região é tão grave que já motivou a deslocação ao Algarve da Comissão Parlamentar de Saúde por duas vezes no espaço de 9 meses".
Para os bloquistas, o modelo de gestão hospitalar no Algarve revelou-se um "fracasso" e a defesa do SNS na região passa pela "extinção imediata do CHA e a demissão da sua Administração, caso esta se mantenha ainda em 2016".
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, informou que através do seu deputado pelo Algarve, João Vasconcelos, irá entregar na Assembleia da República, no início de janeiro, um Projeto de Resolução propondo a imediata extinção do Centro Hospitalar do Algarve, com o objetivo de valorizar o Hospital de Faro e o Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, dotando-os de gestão descentralizada e reforçando-os com novos profissionais, novas valências e serviços.
Algarve Primeiro
