A coligação apresenta Marco Floro como cabeça de lista para a Câmara Municipal de Lagoa, Daniela Silveira para a Assembleia Municipal, Jorge Ramos para a União de Freguesias de Lagoa e Carvoeiro, Stephanie Jordão para a União de Freguesias de Estômbar e Parchal e Irene Abreu para a Junta de Freguesia de Ferragudo.
Em comunicado, a coligação “Unidos Por Lagoa” afirma o compromisso de criar uma alternativa "sólida e progressista" para Lagoa, baseada na justiça social, modernização do concelho, respeito e dignificação do património, quebra das desigualdades face aos concelhos próximos, proteção ambiental, defesa dos direitos dos animais e promoção de uma governação local "transparente, construtiva e dialogante".
Critica os doze anos de governação socialista ininterrupta, que diz refletir-se na "degradação das unidades orgânicas de educação e saúde; ausência de medidas concretas de integração das comunidades estrangeiras (europeias ou fora da europa), que escolheram o concelho para viver e/ou trabalhar; estado de abandono e esquecimento a que estão submetidas as freguesias periféricas; degradação física do centro urbano da cidade de Lagoa, testemunhado por quem visita o Mercado Municipal; inoperância na resolução do imbróglio do silo automóvel na vila de Ferragudo; falta de diálogo com os restantes agentes políticos locais; ausência de soluções específicas de estacionamento em eventos de grande dimensão, como a FATACIL e o Lagoa Wine Show, que compromete a mobilidade quotidiana dos residentes do concelho, sem recurso a medidas compensatórias adequadas; ausência de plano para quem pretende optar pela mobilidade pedonal e ciclável; ausência de um plano real de combate à falta de habitação; a propalada eficiência financeira não se traduz na melhoria da qualidade de vida das populações nem na atratividade empresarial, que possa reduzir as disparidades face a outros concelhos algarvios".
Sobre o "recuo", relativo ao processo Retail Park nas Alagoas Brancas em 2023, a coligação entende que não "nasceu de um exercício lógico de consciencialização cívica e ambiental por parte do executivo, mas antes, devido à ação e luta incansável dos populares e dos diversos movimentos cívicos que se opuseram a essa ameaça".
O programa de “Unidos Por Lagoa” assenta em dez prioridades:
•Resposta imediata à crise social e económica – reforço dos apoios às famílias carenciadas; passes gratuitos para a população mais vulnerável e apoio às instituições sociais.
•Habitação digna e acessível – aumento da habitação pública; combate à especulação imobiliária; regulamentação do alojamento local e reabilitação urbana com rendas controladas.
•Economia local justa – apoio ao comércio e PME; dinamização do Mercado Municipal; combate ao trabalho precário; modernização e atratividade empresarial, através da criação de um polo tecnológico no concelho e defesa da água como bem público.
•Ambiente e mobilidade – proteção das Alagoas Brancas e do estuário do Arade; resolução do processo ligado ao “silo automóvel” na vila de Ferragudo; proibição do glifosato; promoção de energias renováveis e transporte público elétrico e resolução da incapacidade da Algar na recolha do lixo diferenciado, através de ações legais que obriguem ao cumprimento do contratualizado.
•Serviços públicos reforçados – melhorias nos centros de saúde, nas suas extensões e nas escolas assim como criação de mais equipamentos culturais e desportivos; valorização do trabalho efetuado por todos os funcionários da autarquia através do reforço de pessoal em todas as áreas, com o objetivo de minimizar a sobrecarga dos trabalhadores.
•Bem-estar animal – modernização do canil municipal; programas de esterilização e castração; instalação de bebedouros e WCs para animais.
•Igualdade e inclusão – combate à violência doméstica, discriminação e racismo e políticas de acessibilidade universal; criação do Centro de Apoio ao Desenvolvimento de Competências no Domínio da Língua Portuguesa (Integrar, Valorizar e Incluir em Português), medida que pretende colmatar a inexistência de ofertas formativas para estrangeiros no concelho, por escalões etários e níveis de proficiência, promovendo a rápida e efetiva integração das comunidades estrangeiras.
•Cidadania e transparência – continuidade da transmissão online das assembleias municipais, bem como o início da transmissão online das assembleias de freguesia; criação de um programa para jovens, de combate à abstenção eleitoral e à desinformação; orçamento participativo eficaz e combate à corrupção.
•Cultura – criação do Museu Municipal; descentralizar o acesso à cultura, com maior promoção de eventos nas freguesias e valorização das associações culturais locais.
•Saúde e qualidade de vida – reforço da saúde mental; apoio à saúde oral e oftalmológica e combate ao tabagismo e alcoolismo.