Política

BE e Presidente da AMAL discutiram temas de interesse para o Algarve

Em comunicado, o Bloco de Esquerda informa que, na passada segunda-feira, dia 2 de dezembro, o deputado João Vasconcelos e outros elementos do BE/Algarve reuniram-se na sede da AMAL, em Faro, com o seu Presidente, «onde foram discutidos diversos assuntos que, presentemente afetam o Algarve».

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O partido anota o problema da seca na região, medidas e planos de contingência em caso de agravamento; o processo de descentralização em curso; a questão da mobilidade com a modernização da ferrovia regional, a eliminação das portagens na Via do Infante e a requalificação da EN125 entre Olhão e Vila Real e Santo António; também a criação do passe intermodal regional; a conclusão da Ecovia  do Litoral do Algarve e «a grave» situação do SNS na região.
 
No que concerne aos problemas da seca o Bloco de Esquerda considera «a situação muito grave caso não chova». São necessárias medidas de emergência, avançando com os investimentos necessários para a reutilização das águas residuais (incluindo para a agricultura), e começar a apostar na dessalinização com o recurso às energias renováveis (procurando envolver a própria Univesidade do Algarve nestes projetos).
 
No mesmo documento, o Bloco fala do processo de descentralização, considerando «que contém todos os ingredientes para correr mal», tratando-se antes de «uma municipalização de competências», visto faltar «o patamar da Regionalização». Torna-se imperioso a criação da Região Administrativa do Algarve, frisa o BE registando que, a descentralização de competências para as Comunidades Intermunicipais e o anunciado reforço das CCDR «só servirão para criar maiores obstáculos para qualquer processo de regionalização».
 
O Algarve «sofre graves constrangimentos em termos de mobilidade», afirma o Bloco anotando que, «o governo continua a atrasar a modernização da ferrovia regional, falhando mais uma vez nas promessas para o lançamento dos concursos». Por outro lado, «torna-se necessário e urgente» eliminar as portagens na Via do Infante e proceder à requalificação da EN125 entre Olhão e Vila Real de Santo António resgatando a concessão. 
 
Para o Bloco estes «graves problemas» contribuem para o aumento da sinistralidade rodoviária no Algarve e este ano, pela quarta vez consecutiva, serão mais de 10.000 acidentes de viação na região, «com muitas vítimas mortais e feridos». Logo no início desta legislatura o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda «entregou na Assembleia da República dois Projetos de Resolução para eliminar as portagens na Via do Infante e para resgatar a concessão e requalificar o troço da EN125 entre Olhão e Vila Real de Santo António», lê-se no mesmo documento.
 
Para os bloquistas «impõe-se a criação, sem demora», do passe intermodal regional e a conclusão definitiva da Ecovia do Litoral do Algarve, «fatores importantes para uma melhor mobilidade na região».
 
Anota o mesmo comunicado que, o deputado e os outros dirigentes do partido manifestaram «uma grande preocupação» pela situação «calamitosa» que o SNS continua a viver no Algarve. «É preciso mais investimento» - que deve vir refletido no próximo Orçamento de Estado - para melhorar o nível assistencial nos cuidados de saúde primários e a nível hospitalar, sublinha.
 
É fundamental «dotar os hospitais públicos de mais recursos financeiros e humanos» e avançar para a construção do «novo Hospital Central do Algarve», conclui.