O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda fez a entrega, na Assembleia da República, de um Projeto de Resolução para que o Governo proceda à construção, com urgência, das novas instalações do Departamento de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Judiciária de Portimão.
Para os bloquistas, o atual edifício de Portimão onde se encontra instalada a Polícia Judiciária, desde 1988, "não apresenta qualquer dignidade, é desadequado e ultrapassado, tendo sido construído para alojar apartamentos e lojas e não tem elevador, o que dificulta o trabalho desta polícia".
Em nota emitida à imprensa, o BE recorda que em maio de 2017 a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, deslocou-se a Portimão onde esteve presente na assinatura do protocolo de cedência do terreno para as novas instalações do DIC da PJ da cidade. O Bloco diz que na ocasião, a ministra referiu que o Governo já tinha definido Portimão como uma área prioritária de intervenção e seria o ministério da Justiça a fazer as obras, as quais iriam começar em 2019 e estariam prontas em 2021.
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, acrescenta que o novo edifício da PJ, seria construído de raiz, num terreno com cerca de quatro mil metros quadrados, na Horta da Raminha, numa das principais entradas da cidade. "Só mais de dois anos depois, em julho de 2019, é que foi assinada a escritura de cedência do terreno para o futuro edifício da PJ de Portimão entre a Câmara Municipal e o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ)".
A mesma fonte, sublinha ainda que na altura, o presidente do IGFEJ referiu que o projeto de construção, orçado em 245 mil euros, foi adjudicado a uma equipa de projetistas devendo ficar finalizado no primeiro trimestre de 2020, seguido do lançamento da empreitada das obras com conclusão para 2022, já com um ano de atraso.
Em pleno 2021, o Bloco diz "não haver sinal do projeto e muito menos do início das obras de construção", apontando que são os funcionários da PJ, "quem mais sofre com esta situação e almejam para que as promessas sejam cumpridas, com urgência, pelos responsáveis políticos", conclui o partido no mesmo documento.