O Bloco de Esquerda considera que um melhor Serviço Nacional de Saúde (SNS) só é possível com mais e melhores profissionais com a garantia de boas condições de trabalho e que a sua distribuição pelos utentes garanta a prestação de cuidados de saúde.
Foi neste contexto que os deputados do Bloco de Esquerda dirigiram um conjunto de perguntas ao Ministério da Saúde, nomeadamente conhecer as situações dos enfermeiros a trabalhar nos três Agrupamentos de Centro de Saúde existentes na região do Algarve (ACeS Central, Barlavento e Sotavento), bem como quantos enfermeiros existem em cada um destes estabelecimentos e para quantos utentes, e se o rácio legal está a ser cumprido sem comprometer a prestação de cuidados de saúde.
Por outro lado, o Bloco diz ser "fundamental" saber se os estabelecimentos do SNS na região recorrem a empresas de trabalho temporário para a colocação de enfermeiros e quanto gastam na contratação dessas empresas.
Questões que foram suscitadas na sequência de uma audição da Bastonária da Ordem dos Enfermeiros que denunciou a falta de enfermeiros no SNS e a precariedade a que estão expostos, particularmente quando contratados por empresas de trabalho temporário, relatando um caso em que "numa unidade de oncologia no distrito de Faro existem apenas dois enfermeiros durante a tarde e a noite para 40 camas".
O Bloco de Esquerda considera também que apenas com o aumento do número de enfermeiros e com a melhoria das suas condições de trabalho seja possível colmatar estas situações.