Até 9 de julho, a Biblioteca Municipal de Loulé recebe a exposição “António Aleixo – Poeta do Povo”.
Nota da autarquia louletana, adianta que António Aleixo, é considerado um dos poetas populares portugueses de maior relevo, "afirmando-se pela sua ironia e pela crítica social sempre presente nos seus versos", tendo deixado, "uma obra poética singular no panorama literário português da primeira metade do século XX".
Esta exposição, que retrata a vida e obra de António Aleixo, é constituída por 12 painéis e foi cedida pela Biblioteca Municipal Vicente Campinas – Vila Real de Santo António.
De acordo com a mesma fonte, António Aleixo nasceu em Vila Real de Santo António, a 18 de fevereiro de 1899, e morreu em Loulé, a 16 de novembro de 1949. Descendente de uma família humilde, o pai do poeta, natural da freguesia de S. Clemente (Loulé), foi tecelão e tornou-se também conhecido pelo jeito como fazia e dizia quadras populares.
António Aleixo andou nas lides do campo, foi tecelão, soldado, polícia, vendedor de cautelas e de gravatas e emigrante em França, no entanto tornou-se conhecido no meio social como poeta. O professor Joaquim Magalhães viria a ser seu “secretário”, reunindo, mais tarde, em livro, as suas quadras populares.
O poeta era conhecido pelas suas quadras repentinas, caracterizadas pela crítica social e pelo retrato de certas situações que observava no seu quotidiano. O Café Calcinha é indissociável da sua obra e hoje junto à esplanada ergue-se uma estátua de homenagem ao poeta, da autoria de mestre Lagoa Henriques.