Realizada pela primeira vez no sul do país, a Bienal Ibérica de Património Cultural teve lugar no passado fim de semana, dias 11, 12 e 13 de outubro, em Loulé.
Segundo avança nota do Município, para além de vários seminários e inovattion points onde profissionais e especialistas de diferentes entidades ligadas ao setor puderam trocar experiências e partilhar ideias, esta foi igualmente uma oportunidade para o público em geral vivenciar o património cultural de uma forma diferente, aprofundando o seu conhecimento sobre o mesmo.
Marrocos foi o “país convidado” que esteve em destaque no evento, através da sua cultura, música e artesanato, promovendo uma ligação de séculos entre Portugal e esta nação magrebina.
Nesta clara aposta na internacionalização, a par das presenças portuguesa e espanhola, estiveram também representadas Itália e Áustria, no âmbito da Rede Europeia das Feiras do Património (Herifairs – European Heritage Fairs Network), com o objetivo de criar pontes com outros países e mostrar como o património cultural é um ativo económico dos países e um recurso para trabalhar as relações entre países.
O evento estendeu-se entre um espaço expositivo localizado junto ao Monumento Engº Duarte Pacheco, o Palácio Gama Lobo, o Museu Municipal de Loulé, o Convento do Espírito Santo, o Auditório do Solar da Música Nova, o Solar da Música Nova, Mercado Municipal e o Cine-Teatro Louletano.
Refira-se que esta Bienal Ibérica de Património Cultural, que contou com o Alto Patrocínio do Presidente da República, resultou do trabalho desenvolvido pela Spira, em parceria com a Câmara Municipal de Loulé. Envolvidos no evento estiveram também o parceiro espanhol, a Junta de Castela e Leão, a Fundação Millenium BCP, o seu principal mecenas, a Comissão Nacional da UNESCO e os Ministérios da Economia, da Cultura e dos Negócios Estrangeiros.
Depois de Amarante, em 2017, Loulé foi o anfitrião desta festa do património que representou a sua maior edição desde sempre.
“Que júbilo para um autarca como eu, que nutre um imenso respeito e uma indescritível paixão pelo património cultural desta terra, poder abrir as portas da cidade (e da região) para acolher este grande evento que promove o património cultural como motor de desenvolvimento social, cultural e económico dos territórios, mas também educacional e de paz”, sublinhou o presidente da Autarquia, Vítor Aleixo.
O edil referiu a importância deste evento no contexto internacional já que permitiu “reatar as ligações entre os países e as culturas, redescobrir as nossas raízes e festejar a nossa identidade”.
“Conhecer Loulé é ter consciência do papel que a Cultura, no seu sentido mais lato, desempenha no dia-a-dia deste município. As apostas são múltiplas, abraçam diversas áreas, desde a museologia, à literatura, às artes, às tradições ou à música, esta é uma terra diversa que se orgulha do seu passado, contempla o seu presente e ambiciona o seu futuro”, considerou ainda Vítor Aleixo.