O bispo do Algarve, D. Manuel Neto Quintas, enviou aos padres e diáconos orientações sobre a reabertura das igrejas algarvias ao culto público.
Na missiva, D. Manuel Quintas apresenta algumas indicações práticas para o início das Eucaristias, deixando em aberto a possibilidade de serem completadas em cada paróquia, «atendendo à própria realidade» local.
«Não podemos condescender, nem facilitar, no que diz respeito ao rigoroso cumprimento das normas de higiene, distanciamento e outras formas de proteção, prescritas pelas autoridades de saúde e apresentadas pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP)», começa por realçar o bispo diocesano.
D. Manuel Quintas adverte que a situação presente «ainda que "mais aliviada" no que diz respeito ao número diário de contaminados com a COVID-19, continua a exigir de todos empenho e participação responsável em combater o contágio».
Para além das diversas indicações sobre a definição de horários de missas, o prelado algarvio recomenda que se opte «por celebrar, sobretudo nas cidades, nas igrejas com capacidade para acolher o maior número de fiéis» e que se possa «verificar a oportunidade, se necessário, de promover a Celebração da Palavra na ausência do Presbítero, com distribuição da Eucaristia, noutros lugares (capelas, salões paroquiais), orientadas pelos Diáconos Permanentes ou leigos mandatados para esse serviço paroquial».
Também dá indicações sobre a criação de equipas de acolhimento, com funções específicas de orientação dos fiéis durante as eucaristias, «observando os critérios de segurança recomendados». Na sua carta, o Bispo do Algarve aborda, igualmente, a questão da administração de sacramentos, da realização de funerais e das atividades pastorais.
Em relação ao Batismo, Crisma, Primeira Comunhão e Matrimónio, indica-se que se possa «convocar os interessados (famílias e catequistas) e ponderar, com eles, o adiamento a celebração destes sacramentos, para um tempo mais oportuno».
Para a celebração das Exéquias é indicado que os «velórios nas Capelas mortuárias paroquiais, serão limitados ao âmbito da família e ao número que o espaço possa permitir». «Há sempre a possibilidade desta celebração se realizar no cemitério, ao ar livre, tendo em conta as normas de segurança da Direção Geral de Saúde, aplicadas localmente pelas Câmaras Municipais», acrescenta-se.
Para as visitas turísticas, consideradas por D. Manuel Neto Quintas como «uma oportunidade para dar a conhecer a cultura religiosa e espiritual do Algarve», é recomendado «seguir as orientações das autoridades competentes», sendo «conveniente delimitar os espaços nas igrejas, quer para a oração individual, quer para as visitas turísticas, que impeçam de tocar em imagens ou objetos, sendo necessário proceder à desinfeção dos espaços utilizados, as vezes consideradas necessárias»
D. Manuel Quintas alerta, ainda, para o aumento do número de pedidos de ajuda por parte daqueles «que procuram os serviços paroquiais e diocesanos de âmbito social, solicitando apoio, sobretudo, alimentar» e salienta que a «reabertura das igrejas ao culto constitui, também, uma oportunidade para alertar toda a comunidade para esta resposta. A Cáritas diocesana está disponível para, se necessário, vos apoiar nesta resposta», refere.
Emídio Santos