Política

Bloco de Esquerda Algarve diz que é tempo de conter a pandemia e parar com os despedimentos

O Bloco de Esquerda do Algarve, através dos seus representantes autárquicos e das suas concelhias, informou em comunicado estar a dirigir-se, às Câmaras, Assembleias Municipais e Juntas de Freguesia, propondo um conjunto de medidas, para além das que os Executivos camarários estão a concretizar, que considera indispensáveis a nível autárquico, para se poder enfrentar a atual pandemia.

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Para o Bloco além dessas, há outras medidas necessárias, no que respeita à contenção e paragem dos despedimentos, os sindicatos "não têm mãos a medir com tantas chamadas e aflição dos trabalhadores. Nem no tempo da troika foi assim".
 
No mesmo comunicado o partido diz que o setor da hotelaria e do turismo, que se estava a preparar para o período da Páscoa não o faz agora e afasta muitos trabalhadores, a maioria sazonal ou experimental, outros vindos de fora do Algarve ou imigrantes, "causando aflitivos dramas familiares". O mesmo se passa com as grandes superfícies e as lojas das multinacionais, ou com empresas que gerem cantinas escolares, que despedem, usam o lay-off ou forçam férias, a pretexto da pandemia. E muitos trabalhadores nem têm tempo suficiente para requerer o subsídio de desemprego.
 
Igualmente desamparados estão os trabalhadores por conta própria, ou a recibos verdes, que ficam sem trabalhos e sem apoios minimamente capazes, ou mesmo sem nada. Por contraste, outros locais há, como algumas IPSS, em que as trabalhadoras que ficam ao serviço, são forçadas a horários de 12 a 14 horas diárias, por vezes oito dias seguidos, regista o mesmo documento.
 
Face a tudo isto, o Bloco de Esquerda do Algarve propõe a concretização urgente pelo Governo da proposta do BE nacional de proibição total dos despedimentos, enquanto durar a pandemia, a desburocratização e execução imediata das medidas contidas nos vários decretos governamentais de apoio às empresas e aos trabalhadores e suas famílias, a urgente articulação dos ministérios e organismos centrais com os da região e com as autarquias, para que essa execução seja rápida e eficaz, o reforço da capacidade de atendimento e resposta da ACT às solicitações que lhe são dirigidas, em cada concelho, sobretudo naqueles de menor dimensão, em que os sindicatos e as entidades de apoio aos trabalhadores não existem, propõe-se que as Câmaras, deem atenção, não apenas aos seus próprios trabalhadores, mas também a situações de maior dificuldade, ou de oportunismo, de algumas empresas, para se tentar evitar os abusos que estão a ocorrer.
 
O Bloco de Esquerda do Algarve apela ainda à Comunicação Social regional, assim como à nacional, para que obtenham e divulguem amplamente o máximo de situações críticas que atingem os trabalhadores e as suas famílias, como as que já têm vindo a revelar, na continuidade da sua missão informativa e social, "ainda mais necessária neste tempo de emergência nacional" e a criação a nível distrital de uma articulação entre a AMAL, a Segurança Social, a ACT, o IEFP, as Centrais Sindicais e as Associações patronais, a fim de serem aceleradas e melhoradas as medidas sociais previstas e de serem reportadas as situações irregulares que ocorram nas empresas e serviços, ou possam vir a ocorrer, de modo a serem remediadas ou evitadas.
 
O BE diz estar atento a este problema dos trabalhadores, apelando a que não hesitem em informar sobre situações que conheçam para: emergê[email protected] ou https://www.despedimentos.pt/