Sociedade

Bloco de Esquerda Algarve pede demissão de Nuno Crato

O Bloco de Esquerda Algarve manifesta-se pela demissão do Ministro Nuno Crato, e exige que o Governo assuma as responsabilidades políticas pelo "erro" que cometeu e solidariza-se com todos os professores, pais e alunos que cinco semanas após o arranque oficial das aulas ainda desconhecem os seus horários, apelando a que os alunos não venham a ser prejudicados nas bases pedagógicas para o sucesso escolar.

PUB
 
Soma-se mais de 300, na primeira semana de outubro, o número de docentes em falta nas escolas do distrito de Faro, refere o Bloco em comunicado, baseando-se no levantamento realizado pelas autarquias e tornado público pelo Conselho Intermunicipal do Algarve na passada semana. 
 
O BE frisa que "o atual Ministro fez o pior início de ano letivo de que há memória na democracia portuguesa", os agrupamentos de escola receberam orientações para a anulação das colocações dos professores da bolsa de contratação, horas antes do anúncio de divulgação das novas listas, que substituíam as anteriores, onde foram detetados erros, instalando-se o caos no sistema e levando, à demissão do diretor geral da administração escolar e ao "pedido de desculpas" do Ministro.
 
A deficiente colocação de professores atingiu também o ensino especial. O Bloco de Esquerda Algarve assinala ainda a iniciativa realizada pelo seu Grupo Parlamentar, onde denuncia a falta de docentes de ensino especial em várias escolas de Olhão. 
 
O Bloco, destaca ainda que até ao início do mês de outubro, para muitas crianças dos concelhos na região Algarvia - Olhão, Faro, Loulé, Vila Real de Santo António, Silves e Castro Marim - o ano lectivo ainda não tinha começado, tendo os encarregados de educação recebido notificações para não levarem os filhos à escola até indicação em contrário.