A forte chuva que caiu em Faro na passada sexta-feira, dia 5, provocou inundações e derrocadas, mas para o Bloco de Esquerda, "mostrou que a cidade não está defendida contra as intempéries".
O partido refere-se ao "insuficiente" sistema de escoamento das águas pluviais e aos edifícios que não suportam chuvas mais fortes.
Deste forma, defende que a região devia estar preparada para este tipo de fenómenos, em que a crescente impermeabilização do solo urbano, com a "política do betão e a falta de infraestruturas para o escoamento das águas deve ser atribuída aos vários executivos municipais que têm gerido mal a cidade", acusa.
O Bloco considera que o problema tende a agravar-se com os previsíveis efeitos das alterações climáticas, nomeadamente, "a subida do nível do mar que dificultará o escoamento das águas e o aumento de frequência e intensidade dos fenómenos meteorológicos extremos como as chuvadas e ventanias".
Nesse sentido, diz ser preciso atuar em dois campos: minimizar os caudais, revertendo a impermeabilização do solo com a criação de espaços verdes por toda a cidade e repensar - redimensionar - a rede de esgotos pluviais procurando recuperar os leitos das antigas ribeiras que foram transformados em vias urbanas.
Quanto ao edificado, não basta a construção antissísmica e de eficiência energética, "é preciso implementar um escoamento das águas pluviais mais exigente dos terraços e coberturas e garantir a sua resistência aos ventos fortes", conclui.
