Política

Bloco de Esquerda insiste na construção do Hospital Central do Algarve

 
O Bloco diz em comunicado que fez chegar à Assembleia da República o Projeto de Resolução que "Recomenda ao Governo que desencadeie as ações necessárias para a construção do Hospital Central do Algarve".

 
Apresentado pelas/os deputadas/os do Bloco de Esquerda, “o partido considera chegada a hora de não mais adiar o projeto de construção do Hospital Central do Algarve, infraestrutura importante para a população do Algarve, e informar que esta iniciativa será debatida na próxima reunião da Comissão Parlamentar de Saúde, agendada para 14 de junho, quinta-feira”.
 
No mesmo documento, o Bloco recorda que, “o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) é composto por três unidades hospitalares – Faro, Portimão e Lagos – às quais se somam os Serviços de Urgência Básica do Algarve e o Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul”.
 
O CHUA presta cuidados de saúde aos dezasseis concelhos do Algarve, o que significa uma população de cerca de 450.000 pessoas, número que triplica na época alta do ponto de vista turístico, sustenta a mesma publicação.
 
No total, “o CHUA dispõe de 1025 camas, distribuídas de seguinte forma: O Hospital de Faro tem 582 camas de internamento, às quais acrescem 20 na Unidade de Convalescença, 34 no Berçário e mais 30 camas supletivas. O Hospital de Portimão tem 288 camas, às quais se somas dez na unidade de cuidados paliativos e 21 no berçário. Por fim o Hospital de Lagos tem 40 camas”.
 
De acordo com o Relatório de Gestão e Contas 2016 (o mais recente disponível) identifica um conjunto de dificuldades ao nível do Centro Hospitalar, referindo que "uma análise cuidada dos últimos anos de atividade do Centro Hospitalar, leva-nos a concluir que dos problemas de funcionamento então identificados na estrutura hospitalar da região, não foram cabalmente resolvidos e, por dificuldades financeiras do país, também não só não se procedeu à sua requalificação como até assistimos a mais alguma degradação da infraestrutura."
 
No mesmo comunicado o Bloco faz saber que, “a situação do Centro Hospitalar pode ser caracterizada da seguinte forma: um centro hospitalar com uma gestão mais focada na rede de urgência e nos Cuidados intensivos; ausência de um plano desenvolvimento da Instituição e da carteira de serviços; infraestrutura insuficiente e em processo de degradação progressiva por falta do investimento necessário, fraca capacidade de atração e fixação de recursos humanos médicos, fraca coesão institucional e insuficiente integração funcional dos serviços e ambiente interno (e da evolvente) de alguma tensão e pouco colaborativo”.
 
Fazendo alusão a todos os pontos analisados pelo relatório, o Bloco acrescenta que, “em consequência destes constrangimentos, o relatório indica que o Centro Hospitalar se encontra "num processo de declínio continuado".
 
Na mesma nota, o Bloco recupera que, “há muito também que a população do Algarve aguarda a construção de um novo e muito prometido hospital: o Hospital Central do Algarve. Esta nova unidade hospitalar permitiria suprir um vasto conjunto de dificuldades que atualmente se fazem sentir nos que diz respeito aos cuidados hospitalares, designadamente no que concerne à qualidade das instalações, e funcionaria também como um polo de atração para profissionais”.
 
Este novo Hospital, “a ser instalado no Parque das Cidades entre Loulé e Faro, já teve até direito a lançamento da primeira pedra, em 2006, mas, doze anos volvidos continua a não haver desenvolvimentos consistentes sobre a sua construção”.
 
O Bloco de Esquerda considera que é chegada a hora de não mais adiar este projeto, para a população do Algarve. Assim, “é necessário que sejam encetados os esforços tendo em vista a calendarização da construção do Hospital Central do Algarve o mais brevemente possível”.