O Bloco de Esquerda/Algarve diz lamentar o encerramento da Maternidade do Hospital de Portimão entre os dias 7 e 11 de junho.
Segundo o Bloco a maternidade encerrou nestes dias devido à falta de médicos pediatras que assegurassem os cuidados neonatais, não estando garantidos os mínimos de segurança para as grávidas, pelo que têm sido reencaminhadas para o Hospital de Faro para trabalho de parto, exceto os casos emergentes.
Situação que para os bloquistas, "causa graves transtornos às utentes, que têm de se deslocar dezenas, ou até mais de uma centena de quilómetros, por exemplo desde Aljezur ou Vila do Bispo, para Faro, sendo um caso inadmissível, representando mais uma pedra no SNS no Algarve".
Deste modo, o BE diz que o principal responsável "por esta grave e inusitada situação" é o atual governo que ainda não realizou os investimentos necessários e a colocação de médicos pediatras e outros técnicos de saúde no Centro Hospitalar Universitário do Algarve - CHUA e, muito em particular, para prover às necessidades da Maternidade do Hospital de Portimão.
Em nota enviada à comunicação social, a ARS/Algarve e o Conselho de Administração do CHUA também não ficam isentos de responsabilidade, com o Bloco a pedir exigência junto da tutela, para os recursos necessários, nomeadamente, para o normal funcionamento da Maternidade do Hospital de Portimão, impedindo que esta encerre e que volte a encerrar no futuro.
Na mesma comunicação o BE realça que a Maternidade no Hospital de Portimão "só não encerrou definitivamente devido à mobilização dos profissionais de saúde, dos utentes e das populações".
O Bloco de Esquerda/Algarve exige ao atual governo que providencie, com urgência, para a melhoria do SNS no Algarve, com os recursos financeiros, humanos e técnicos necessários, incluindo para o normal funcionamento da Maternidade do Hospital de Portimão.