O BE defende que a introdução de portagens na Via do Infante representa um retrocesso para utentes.
O Bloco de Esquerda apresentou hoje uma iniciativa parlamentar exigindo o recomeço imediato das obras de requalificação da EN125, nos troços compreendidos entre Vila do Bispo e Olhão, o início, a partir de janeiro de 2017, das obras de requalificação da EN125, entre Vila Real de Santo António e Olhão Nascente, a reavaliação da concessão da EN125, entre Vila do Bispo e Olhão, incluindo a possibilidade do seu resgate pelo Estado, e a reposição da construção das variantes e outros troços que constavam no contrato inicial assinado entre o Estado português e a concessionária.
A introdução de portagens na Via do Infante representa um retrocesso para utentes e toda a população algarvia, com consequências negativas na EN 125, dada a transferência massiva do tráfego rodoviário para esta via, considerada uma "estrada urbana". Esta transferência potenciou a multiplicação do risco de acidentes de viação na EN 125, tendo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária recentemente referir-se a esta via como a "mais perigosa do país" e o regresso ao Algarve da "estrada da morte", defende o Bloco.
O Bloco de Esquerda considera que a defesa do interesse público justifica o reinicio com urgência das obras de requalificação da EN 125, cuja opção por não intervir na requalificação da EN 125 no troço entre Olhão nascente e Vila Real de Santo António é uma falha "clamorosa", pondo diariamente em risco a segurança daqueles que a utilizam. Neste troço, estão identificadas várias zonas onde o trânsito é bastante lento e perigoso devido à degradação notória da faixa de e na transposição de zonas urbanas, onde a circulação automóvel se mistura com a criculação pedonal e ciclistas.
Perante complexas negociações entre o Governo e a concessionária, o Bloco de Esquerda receia que a intervenção neste troço seja mais uma vez adiado, pelo que se torna determinante conhecer qual a posição do Governo num assunto importante para a vida do algarvios.
De acordo com a renegociação do contrato, o Estado português vai ter que pagar 929 milhões de euros até 2024, quando o objetivo seria o de reduzir custos.
Trata-se de um valor muito elevado considerando que muitas obras não serão realizadas, pressupondo haver a atribuição de uma indemnização à concessionária.
Algarve Primeiro