Política

Bloco quer ouvir ministro do Ambiente sobre danos ambientais ocorridos no Parque Natural da Ria Formosa e da REN

Em comunicado, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda informa que, teve conhecimento de danos ambientais provocados em várias zonas do Parque Natural da Ria Formosa e da Reserva Ecológica Nacional (REN), no Algarve, «fruto da conversão de pomares de sequeiro em culturas intensivas de regadio».

PUB
Segundo o partido, foi aprovado nesta quarta-feira, 7 de julho, na Assembleia da República, um requerimento do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda para a audição do ministro do Ambiente e da Ação Climática sobre os danos ambientais provocados pela instalação de culturas intensivas de regadio em zonas do Parque Natural da Ria Formosa e da REN.
 
O Bloco avança que, em visita às duas áreas do Sotavento Algarvio onde ocorreram os danos ambientais – Cabanas de Tavira e Manta Rota –, constatou a dimensão das alegadas irregularidades nos dois terrenos.
 
Em Manta Rota, freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, o Grupo Parlamentar diz que a empresa Frusoal pretende instalar mais de 15 hectares de citrinos de regadio onde antes existia um pomar de sequeiro de alfarrobeiras, abrangendo o Parque Natural da Ria Formosa.
 
Segundo denúncias do movimento “Tavira em Transição”, os trabalhos da empresa levaram à destruição de espécies arbóreas e arbustivas autóctones, movimentação de terras, remoção do revestimento vegetal, destruição dunar e alteração  do perfil de um terreno parcialmente inserido em área de proteção parcial do tipo I do Parque Natural da Ria Formosa e em zona da REN.
 
Neste sentido, os deputados exigem que sejam apuradas todas as responsabilidades e que se atue nos termos da lei. A confirmarem-se os danos ambientais provocados naquelas áreas sensíveis do Parque Natural da Ria Formosa e da REN, «os infratores devem ser obrigados a repor as condições naturais existentes antes da intervenção», sublinha o Bloco, acrescentando que, «é inaceitável que a biodiversidade e os recursos naturais das áreas sensíveis do nosso território continuem a ser atacados pela expansão agrícola desregrada».