Teve lugar uma Reunião de Câmara Extraordinária, de revisão orçamental cuja conclusão saldou-se na aprovação do pagamento de uma dívida de cerca de 5 milhões de euros à banca, permitindo à autarquia voltar a ter autonomia financeira, sem os constrangimentos afetos ao Plano de Reequilíbrio Financeiro.
Ao Algarve Primeiro, fonte do Gabinete de Apoio ao Presidente, salientou que com este passo, a autarquia passou também "a poder fixar o IMI, na taxa que acharmos adequada, para além do avanço de outros investimentos".
A proposta passou com 3 votos favoráveis da Coligação, 4 abstenções do PS e o voto contra da CDU.
Refira-se que nesta revisão orçamental, foram igualmente aprovadas algumas incorporações de propostas vindas do PS.
A partir de agora o primeiro passo é enviar o documento à Assembleia Municipal para apreciação, "o que deverá acontecer entre a primeira e segunda semana de maio, enquanto isso iremos avançar com os mecanismos para acabar de pagar o Reequilíbrio Financeiro", acrescentou a mesma fonte.
Recorde-se que o executivo farense tinha na agenda levar no passado dia 17, a Reunião de Câmara, a nova proposta de revisão orçamental para acomodar aproximadamente 8 milhões de euros provenientes do saldo da gerência de 2016 e cerca de 432 mil, referentes a juros de mora pelos atrasos nas transferências do IMI e IMT.
Proposta que tinha como principal objetivo liquidar o financiamento bancário contraído com o Plano de Reequilíbrio Financeiro, (4,94 milhões de euros), mas acabou por não ir a votação, já que segundo avançou na altura o Gabinete de Apoio ao Presidente, os Vereadores da oposição (PS e CDU), "alegaram a necessidade de se fazer uma análise ao orçamento junto dos serviços, e pediram mais tempo para apresentarem uma contra-proposta", ficando tudo em aberto para a reunião de 26 de abril, que foi entretanto realizada, esta sexta-feira.
Da parte de Rogério Bacalhau, a proposta contemplava também um valor global de cerca de 3,5 milhões, a investir na melhoria da rede viária e equipamentos públicos, na recuperação do parque escolar e desportivo e, ainda, no reforço dos apoios financeiros ao associativismo e juntas de freguesia.
Este montante soma-se assim aos cerca de 3 milhões de investimento que o Orçamento de 2017 já contemplava.
Algarve Primeiro
