Sociedade

Câmara de Loulé avisa que "casas de madeira" também estão obrigadas a licenciamento

Face ao crescente número de estruturas amovíveis, as denominadas “casas de madeira”, que têm surgido em diversos pontos do concelho de Loulé, em particular nas áreas rurais e florestais, a autarquia avisa que é obrigatório o licenciamento das mesmas, «uma vez que estão sujeitas a regimes específicos em termos de ordenamento do território».

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Em comunicado a autarquia, alerta para o facto de todas as estruturas amovíveis, como é o caso das casas modelares, pré-fabricadas, amovíveis, tipo “mobil home” e estruturas equiparadas, «terem necessariamente que estar em conformidade com os regimes de controlo prévio e de planeamento territorial», seguindo as recomendações da Comissão Nacional do Território aos municípios.
 
Deste modo, o mesmo documento enquadra que o Regime Jurídico de Urbanização e Edificação, assenta na obrigatoriedade do licenciamento, dada a existência de elementos de conexão com infraestruturas locais e gerais (ligação à água, saneamento, eletricidade, gás), «o que implica o carácter permanente e duradouro destas estruturas, bem como a existência de incorporação no solo, nomeadamente através de tubagens, pelo que a mesma é considerada como uma operação urbanística, cuja execução está sujeita a prévio parecer da Câmara Municipal».
 
A autarquia lembra que só será possível a instalação de uma estrutura amovível no concelho caso se verifique que a sua utilização está enquadrada com os regimes de uso do solo estabelecidos pelos planos territoriais e no Plano Diretor Municipal.
 
“Pretende-se com esta ação sensibilizar todos os proprietários e futuros proprietários deste tipo de estrutura para a sua legalização. Este tipo de equipamento prolifera não só no nosso concelho, como noutros concelhos algarvios, pelo que é fundamental regular esta situação para a salvaguarda e valorização do território contra as agressões ao ambiente, à paisagem e ao património que a ação do homem sobre os solos envolve. Não queremos ser coniventes com situações avulsas que ponham em causa o nosso território e os seus recursos naturais”, sublinham os responsáveis autárquicos.