Entrou esta sexta-feira, 4 de novembro, oficialmente em vigor o acordo de Paris sobre alterações climáticas, acontecimento que o Município de Loulé saudou "com enorme satisfação", já que o mesmo vem reforçar a recentemente aprovada estratégia municipal de adaptação às alterações climáticas.
Resultante do êxito da COP 21 – Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, e assinado a 12 de dezembro de 2015, o acordo de Paris constitui o primeiro pacto universal contra as alterações climáticas e um marco histórico para as questões de salvaguarda climática.
Nessa mesma data Jean-Claude Juncker, Presidente da Comissão Europeia, declarou: “Hoje, o mundo está unido na luta contra as alterações climáticas. Hoje, o mundo dispõe de uma oportunidade única para deixar às futuras gerações um mundo mais estável, um planeta mais saudável, sociedades mais justas e economias mais prósperas.”
O acordo de Paris tem como objetivo manter o aumento da temperatura média mundial "muito abaixo de 2°C até 2100", mas "reúne esforços para limitar o aumento de temperatura a 1,5°C", em relação aos níveis pré-industriais.
Para entrar em vigor, o acordo de Paris necessitava de ser ratificado por pelo menos 55 países, ou por um número de países que representassem pelo menos 55% das emissões de gases com efeito de estufa, o que foi conseguido no dia 4 de outubro, com a ratificação do acordo pela União Europeia, China e Estados Unidos (sendo estes dois últimos países responsáveis por cerca de 38% das emissões mundiais de GEE). À data, 92 dos 197 signatários da Convenção da Nações Unidas sobre alterações climáticas já ratificaram o acordo de Paris.
Neste âmbito, e em sintonia com as necessidades atuais do planeta, o Município de Loulé aderiu em janeiro de 2015 a um projeto (ClimAdaPT.local), em conjunto com outros 25 municípios portugueses, com o objetivo de incorporar a adaptação às alterações climáticas nos seus instrumentos de planeamento e nas suas intervenções locais.
Para tal todos os municípios envolvidos avançaram com a elaboração de um instrumento estratégico, nomeadamente a estratégia municipal de adaptação às alterações climáticas (EMAAC), sendo que Loulé, em particular, aprovou a sua estratégia no dia 8 de junho de 2016, tornando-se o município pioneiro do referido conjunto de municípios.
Desta estratégia resultou a definição 28 opções de adaptação, que pretendem alavancar a implementação, e consequente monitorização, de ações, projetos e iniciativas práticas, algumas já em curso, relacionadas com a eficiência energética, resiliência territorial, gestão de recursos hídricos, mobilidade sustentável e educação e sensibilização ambiental, entre outras.
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