Sociedade

Café Calcinha reabriu portas para continuar a sua "história" em Loulé

Passado mais de um ano encerrado para ser alvo de uma intervenção profunda, o Café Calcinha abriu portas na passada sexta-feira, 14 de julho.

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Um Calcinha “com todo o seu esplendor, absolutamente recuperado, lindíssimo e com uma atmosfera fantástica”, referiu Vítor Aleixo, presidente da Câmara Municipal de Loulé. 
 
As obras visaram reabilitar o local cuja memória se funde com a vida e obra do poeta António Aleixo, local onde escreveu grande parte das suas quadras, mas mantendo a sua traça e mobiliário originais, nomeadamente as cadeiras e mesas de madeira e mármore, com o modelo do início do século XX, e os candeeiros Art Deco, entretanto recuperados. 
 
A exploração do espaço, propriedade da Autarquia, foi concessionada a um consórcio de três jovens empresários da cidade (João Apolónia, Bruno Inácio e Tiago Soares), através de um concurso público. 
 
Em termos conceptuais, o Calcinha continuará a funcionar como um estabelecimento misto de restauração e bebidas, agora também com alguma programação de âmbito social e cultural, explica a autarquia em nota de imprensa.
 
Apresentação de livros, tertúlias, debates, momentos musicais serão algumas das propostas que irão dinamizar aquele que é um dos cafés que integra a “Rota dos Cafés de Portugal com História”.
 
Até ao mês de setembro, o Café Calcinha estará em fase de pré-abertura, período durante o qual a gerência pretende adequar o espaço ao seu funcionamento ideal, acrescentando gradualmente um conjunto de produtos e serviços que irão de encontro à preferência dos clientes. 
 
“Estes jovens empreendedores têm as melhores referências e tenho a certeza que, com a exploração deste espaço, vão dignificar em muito a memória do Calcinha e vão dar um contributo muito importante para a reanimação do sentido urbano desta cidade”, considerou Vítor Aleixo.
 
Localizado no centro de Loulé e no eixo comercial mais importante, o Café Calcinha foi durante o último século, e até aos dias de hoje, um marco sociocultural da população local e de todos os visitantes, sendo o único espaço de tertúlia na história da cidade, que lhe configurou o privilégio de ser o estabelecimento mais emblemático e referenciado na história local, integrando a “Rota dos Cafés de Portugal com História”.
 
É hoje um dos cartões-de-visita da cidade, sendo a sua fachada e o seu interior retratados em muitos folhetos turísticos e internet como ex-líbris de Loulé. Em 2012 foi classificado como Imóvel de Interesse Municipal e, em 2014, a Câmara Municipal de Loulé adquiriu este edifício, pelo valor de 180 mil euros.
 
A intervenção agora realizada teve um custo de 120 mil euros.