Sociedade

Câmara de Faro esclarece que escolas do concelho cumprem rácios de pessoal não docente definidos pelo Ministério da Educação

Na sequência da manifestação organizada esta manhã por uma associação de pais à porta da Escola Básica de Montenegro, responsabilizando o Município pela dotação de pessoal não docente no agrupamento, a autarquia diz em comunicado que essa incumbência «faz-se de acordo com os rácios definidos na Portaria do Ministério da Educação n.º 272-A/2017, de 13 de Setembro», sendo «um diploma legal governamental que define a fórmula de cálculo da dotação máxima de pessoal não docente a afetar aos estabelecimentos de ensino da rede pública».

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O mesmo comunicado frisa que o Ministério da Educação «apenas transfere para o Município o correspondente aos vencimentos do pessoal abrangido pelos rácios apurados, em que todo o pessoal colocado para além dos rácios, é integralmente suportado pelo Município, cuja dotação máxima está garantida em todos os agrupamentos escolares do concelho».
 
Relativamente ao Agrupamento Escolar de Montenegro, o Município assenta que os rácios preveem a colocação de 28 assistentes operacionais, acrescidos de 2 assistentes operacionais para a cozinha, o que perfaz um total de 30 assistentes operacionais. 
 
Não obstante, a mesma fonte diz que estão afetos ao agrupamento, sob gestão do seu diretor, 40 assistentes operacionais, sendo os encargos com 25% deste pessoal da responsabilidade do Município (assegurados pelo orçamento municipal e não pelo Ministério da Educação).
 
A Câmara Municipal refuta «acusações infundadas», insistindo na necessidade de o Governo reforçar os rácios de pessoal não docente e respetivas dotações, «de modo a correspondermos às exigências, sempre legítimas, de melhores condições nas escolas».
 
A Autarquia promete que sobre esta matéria, irá «continuar» a promover junto da Tutela «esse debate, que vai ao encontro da negociação da delegação de competências na Educação» convidando os parceiros – incluindo as associações de pais – a associarem-se à autarquia, «neste esforço negocial até agora não correspondido e, igualmente, a apresentarem um critério mais justo na definição dos rácios».