Numa nota enviada ao Algarve Primeiro, o Município adianta que, os alunos do concelho contemplados com este apoio irão receber, durante dez meses, um apoio económico mensal que varia entre os 313,50€ (correspondente a 60% do IAS que em 2025 está fixado em 522,50€) e os 156,75€ (30% do IAS), consoante o escalão de Abono de Família em que se encontram.
Este ano, a maior parte dos bolseiros (165) irá receber a bolsa de estudo com o valor mais alto, sendo que os 36 alunos com uma situação socioeconómica um pouco melhor, mas, ainda assim, insuficiente para fazer face aos encargos para o prosseguimento dos seus estudos, serão igualmente apoiados. Os estudantes deslocados, que frequentam estabelecimentos de ensino a mais de 50 Km, terão direito a um acréscimo mensal de 25€ para ajuda nas despesas de transporte, explica a publicação.
O número de candidaturas recebidas também aumentou face aos anos letivos anteriores, passando de 161 (em 2023/2024) para 195 (em 2024/2025) e 229 (neste ano letivo). Um crescimento que para a autarquia, prende-se com o aumento das despesas de alojamento dos alunos deslocados, o aumento geral dos preços e das despesas das famílias, os baixos rendimentos por estas auferidos, mas também pelo facto de o atual Regulamento Municipal de Atribuição de Bolsas de Estudo abranger um leque mais alargado de idades e de percursos formativos (Ensino Superior e Ensino Profissional) como também, não prever numeros clausus, ou seja, todos os candidatos que reúnam os requisitos são contemplados com apoio financeiro, regista a autarquia.
Segundo a estimativa inicial, o município prevê investir este ano, nesta área, cerca de 555 mil euros. «Uma verba que permite acomodar mais bolsas, caso o período de audiência prévia que está a decorrer venha a determinar a admissão e aprovação das candidaturas cujos processos se encontravam insuficientemente instruídos».
A autarquia sublinha ainda que, o «grande alcance» da atribuição de bolsas de estudo municipais a estudantes economicamente carenciados e com aproveitamento escolar, «é garantir que nenhum cidadão lacobrigense fique privado de exercer os seus estudos, sendo uma forma de, ao mesmo tempo, incentivar a capacitação de recursos humanos e melhorar o tecido económico com profissionais mais qualificados».
