Foi no decurso da última campanha eleitoral para as eleições legislativas, que a Comissão Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda de Vila Real de Santo António, diz ter enviado uma nota informativa, por correio eletrónico, à Câmara Municipal, dando conhecimento da iniciativa que iria realizar, denominada "banco do amor" que pretendia consciencializar sobre a temática dos direitos da comunidade LGBTI+ pintando um banco público em Vila Real de Santo António com as cores do "arco-íris".
Em comunicado, o Bloco explica que ao não ter recebido qualquer comunicação em resposta ao seu pedido por parte da Câmara Municipal, pintou um banco de jardim na Avenida da República, no dia 28 de janeiro. Acontece que no início de março, o partido diz ter recebido uma notificação da Câmara Municipal, para a reposição do banco que tinha sido pintado, para o seu estado original, considerando que foi vandalizado «ameaçando-nos com procedimentos judiciais».
Repor o banco no seu estado original, foi tarefa que os bloquistas não fizeram, tendo em conta «o seu estado degradado e degradante», referem.
Em resposta, a autarquia decidiu pintar o banco de castanho, tendo enviado um novo ofício para que fosse pago o valor 36,59€ pela reparação efetuada. Depois do acerto do IVA, os representantes do Bloco pagaram 45,01€.
O BE critica que numa cidade que basicamente vive do turismo e do comércio, «todo o mobiliário urbano esteja ao abandono e degradado, com um aspeto de desmazelo e de pobreza, quando todos os equipamentos infantis da cidade ou são inexistentes ou estão danificados».
O partido acusa ainda o Município de «excesso de zelo», relativamente ao episódio ocorrido, e questiona se «este zelo não tem como motivação algum preconceito homofóbico do novo executivo».
