Durante a iniciativa, foram distribuídos panfletos informativos a banhistas e estabelecimentos locais, desaconselhando a travessia a pé até às ilhas barreira localizadas em frente à aldeia. A autarquia relembra que esta prática, comum nos meses de verão, «coloca em risco a segurança dos veraneantes, especialmente durante a maré vazante, quando as correntes se tornam mais fortes e imprevisíveis».
Lembra o comunicado que, já em anos anteriores, a Câmara Municipal de Vila Real de Santo António tinha lançado alertas a desaconselhar a prática balnear nesta zona do concelho, sublinhando que, «apesar de muito procuradas, as ilhas barreira em frente a Cacela Velha não são uma unidade balnear e, como tal, não dispõem de nadadores-salvadores nem de assistência a banhistas».
Nos últimos anos, a travessia a pé na zona de Cacela Velha tem originado múltiplas situações de risco. Só no verão passado, entre junho e outubro, cerca de 60 pessoas tiveram de ser resgatadas pelos elementos do projeto "SeaWatch". Há dois anos, os números foram semelhantes, e nos últimos dias voltou a ser necessário efetuar mais um resgate, que evitou um possível afogamento, regista o comunicado.
De acordo com a mesma fonte, apesar dos esforços das equipas móveis do Instituto de Socorros a Náufragos e dos elementos do projeto "SeaWatch", a vigilância naquela área não é permanente, «pelo que o socorro em situações de emergência pode não ser assegurado em tempo útil».
Em alternativa, os visitantes são convidados a usufruir da Praia da Fábrica ou da Praia da Manta Rota, ambas unidades balneares com condições de segurança, acessibilidade e estacionamento, devidamente assistidas por nadadores-salvadores certificados, recomenda o município.
A Câmara Municipal de VRSA recorda ainda que o território de Cacela Velha e toda a sua envolvente integram uma zona de elevada sensibilidade ecológica, «cuja beleza rara e diversidade natural importa conservar e proteger», conclui.