Fartos de esperar pelo Estado, os moradores da ilha barreira da Culatra, na Ria Formosa, decidiram colocar mãos à obra. Num dia de trabalho, construíram uma placa de cimento que servirá para aterragem do helicóptero Kamov, permitindo um mais rápido socorro médico na ilha, revela hoje o Correio da Manhã.
"Tínhamos falado com as autoridades, mas não havia dinheiro para a obra", explica Sílvia Padinha, da Associação de Moradores da Ilha da Culatra. "Decidimos, por isso, juntarmo-nos, procurar apoios e fazermos nós a placa", acrescenta.
A obra foi conseguida apenas com os donativos recolhidos (alguns junto de empresas) e o trabalho voluntário dos culatrenses. "Todos participaram, dos mais novos aos mais velhos", diz Sílvia Padinha, referindo que os trabalhos foram executados "entre as 07h00 e as 16h00" de domingo.
A placa tem 17,5 m por 17,5 m e uma área total de 306,25 metros quadrados, é uma estrutura "obedece a todas as regras que nos foram comunicadas pelo Instituto Nacional de Aviação Civil, incluindo a melhor localização para a aterragem do helicóptero", frisa Sílvia Padinha.
Na Culatra residem cerca de mil pessoas, que, "agora, tal como os visitantes, vão sentir-se mais seguras", conclui.