Sociedade

Carnaval de Loulé "obrigou" a organização a alargar o espaço dada a afluência de visitantes

Chegou este domingo ao fim a edição de 2017 do Carnaval de Loulé que, durante três dias, levou à Avenida José da Costa Mealha milhares de foliões.

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Na mesma tónica do que aconteceu nos dois primeiros dias de festa, a Terça-Feira de Entrudo teve lotação esgotada, mesmo com a Autarquia a aumentar o recinto neste último dia, assegurando a segurança do (muito) público, confirmou nota da Câmara de Loulé.  
 
“Os Descobrimentos - A Grande Geringonça” saiu à rua para levar ao público a sátira, sobretudo política e desportiva, através de 15 carros alegóricos pensados e criados durante meses e que foram o grande atrativo deste desfile. Dezenas de milhares de flores deram cor a estes carros tripulados, e que surgiram nesta edição em formato de embarcações do século XV.   
 
Nesta paródia louletana, foram homenageados os monarcas e navegadores responsáveis pelas grandes conquistas marítimas portuguesas, mas também os heróis lusos da atualidade, como “D. Fernando, O Conquistador”, o selecionador nacional Fernando Santos que foi o grande obreiro da conquista do Euro 2016, ou “O Engº ONU”, numa alusão à nomeação de António Guterres como presidente deste organismo internacional.
 
Destaque também para os 700 figurantes, apeados ou em cima dos carros, entre cinco escolas de samba, onze grupos de animação em representação de associações do Concelho, um grupo musical com música ao vivo, uma fanfarra, cabeçudos e gigantones que foram igualmente os protagonistas da festa.  
 
Para além de ter já a marca de “O Carnaval mais antigo do País” (foi criado em 1906), ano após ano, o corso louletano assume-se também como o “Carnaval mais internacional de Portugal”, não só pelos muitos estrangeiros que não perdem o evento, mas também pelas nacionalidades dos tripulantes que integram o corso. A par do forte envolvimento da população local através das 11 associações que tripulam os carros, é também significativa a adesão da comunidade brasileira residente no Algarve que, cada vez mais e em maior número, traz a terra do samba a este corso, mas também a associação DOINA – Associação de Imigrantes Romenos e Moldavos do Algarve, que junta um pouco da cultura de Leste ao corso.   
 
O Carnaval de Loulé encerrou com essa diversidade e folia, protagonizada pelos grupos de samba participantes que, findo o desfile, numa atuação improvisada, juntaram o batuque do samba ao rock, levando o público ao rubro. 
 
Após apurar o número total dos visitantes, a Câmara Municipal de Loulé irá distribuir as receitas arrecadadas pelas IPSS do Concelho e pelos grupos de animação que participaram no desfile.
 
Algarve Primeiro