Há estudos que já demonstraram que, os casais sem filhos são mais felizes porque conseguem dedicar-se mais ao parceiro, aos seus projetos pessoais, aos momentos a dois e daí por diante, enquanto que há outros trabalhos de investigação que mostram que os pais se sentem muito desgastados em determinadas etapas do desenvolvimento dos filhos como é o caso da adolescência, mas que, quando os filhos são planeados, são motivo de grande satisfação e felicidade.
Tendo por base um estudo da Open University que envolveu cinco mil pessoas de várias faixas etárias, classes sociais e orientação sexual, os casais sem filhos estão mais satisfeitos nos seus relacionamentos que os casais com filhos.
A opção de não ter filhos está associada à necessidade de se dedicar mais um ao outro, de se incentivarem mutuamente em questões profissionais e até sociais e o intuito de dar mais tempo de qualidade ao parceiro com quem se fala mais abertamente.
O mesmo estudo demonstra, no entanto, que as mulheres são mais felizes quando se assumem como mães. Esta conclusão surge quando o filho é planeado, envolve o marido e é vivido em conjunto pelo casal.
No lado masculino, o mesmo estudo mostra que, os homens gostam mais de famílias numerosas e que não se importam de suportar mais despesas e trabalho com os filhos, já que isso é um prazer quando o projeto familiar é dividido por ambos os parceiros e implica o aumento da família.
Homens e mulheres estão de acordo no que toca à satisfação quando podem decidir em conjunto se querem ou não ter filhos. Já quando isso é uma opção só de um, os estudos registam menores índices de satisfação.
Os homens que não planeiam filhos, sentem-se mais afastados dos mesmos e da vida familiar e demonstram muito pouca satisfação em tudo o que se relaciona com as crianças. Por seu turno, as mães acabam por suportar as tarefas e responsabilidades da vida familiar acusando esforço, desgaste e cansaço, ainda assim, dizem-se mais felizes do que quando não tinham filhos.
No conto geral, percebe-se que casais com e sem filhos são felizes quando têm liberdade de opção, quando podem decidir o que querem para as suas vidas.
Outro estudo da Universidade Edith Cowan, na Austrália, concluiu que pais mais felizes não apenas têm filhos, mas quatro filhos ou mais.
Segundo Bronwyn Harman, da escola de psicologia e ciência social da Edith Cowan, é possível porque quanto mais os pais se dedicam aos filhos e à qualidade de vida da família, mais se sentem realizados e felizes. A entrega a esse grandioso projeto familiar absorve toda a concentração e energia e acaba por ser mais gratificante do que se não tivessem filhos.
Naturalmente que cada casal deverá decidir em conjunto acerca da sua vida familiar. Quanto mais consciente for a decisão, maior será o grau de satisfação dos seus intervenientes. Como se pode concluir, não está na moda ter filhos, está na moda decidir se queremos ou não ter filhos, pois isso é um ato de maturidade e de responsabilidade.
