A Direcção Geral de Alimentação e Veterinária confirmou ontem a presença do vírus da Gripe aviária numa garça-real selvagem, recolhida morta no passado dia 27 de janeiro no Ludo, Freguesia de Almancil, concelho de Loulé.
O Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens, (RIAS), com sede no Parque Natural da Ria Formosa em Olhão, informou que colabora periodicamente com a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária através do envio de amostras para análise de diversas doenças.
Com base nesta colaboração, nos últimos meses o RIAS tem sido notificado regularmente sobre a ocorrência de casos de gripe aviária em aves selvagens em diferentes países europeus como França, Itália e mais recentemente Espanha, sendo por isso espectável a ocorrência desta doença em Portugal.
De acordo com a DGAV “a estirpe do vírus influenza A do subtipo H5N8, não foi até ao momento encontrado em seres humanos”, o que significa que esta estirpe não afecta humanos, sendo só transmissível entre aves.
Esta tarde o RIAS recebeu a confirmação do resultado positivo da análise efectuada a uma garça-real, registando de que não se trata "de uma situação alarmante já que não se verifica perigo de contaminação à população".
Entretanto, em casos de emergência ou ocorrência de surtos de doenças zoonóticas graves em aves, existem protocolos e planos de contingência definidos ao pormenor e prontos para serem aplicados.
Pelo que a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, decidiu implementar uma zona de restrição, nas freguesias de Almancil e Montenegro, onde são proibidas movimentações de aves sem autorização da própria da Direcção Geral, durante 21 dias a partir da data da confirmação, a visita de técnicos daquela entidade a todas as explorações da zona de restrição para recenseamento, realização de exames clínicos e eventual colheita de amostras.
Algarve Primeiro