Passados longos anos em torno de um processo que lhe valeu perdas irreparáveis, Gonçalo Amaral vê “A verdade da mentira” reposta.
O Tribunal da Relação de Lisboa absolveu Gonçalo Amaral no processo em que os pais de Madeleine McCann exigiam uma indemnização por danos morais devido à publicação do livro "A verdade da mentira" da autoria do antigo coordenador de investigação da Polícia Judiciária.
Os pais da menina britânica desaparecida na Praia da Luz em Lagos, exigiam uma indemnização ao antigo inspetor da Polícia Judiciária na sequência da publicação do livro "A verdade da mentira", mas os juízes desembargadores entenderam que Amaral agiu num quadro de "legítimo exercício do direito de opinião".
O tribunal de recurso acrescenta que os pais da menor inglesa limitaram o direito à intimidade quando divulgaram a própria versão do desaparecimento em inúmeras entrevistas por todo o mundo.
Note-se que, até ao momento, o caso Maddie terá sido um dos mais mediáticos de sempre.
No livro, Gonçalo Amaral defende que Maddie morreu acidentalmente e que os pais terão ocultado o cadáver da menor.
O antigo inspetor da PJ tinha sido condenado na primeira instância a pagar meio milhão de euros de indemnização aos pais da criança, mas recorreu da decisão e foi agora absolvido pelo tribunal da Relação de Lisboa.
Maddie terá desaparecido na Praia da Luz em Lagos a 3 de maio de 2007. Até hoje não se sabe nada acerca do paradeiro da criança que apaixonou o mundo.