José Carlos Rolo, presidente da Câmara Municipal de Albufeira, recebeu nos Paços do Concelho, a Diretora Regional da Cultura do Algarve, Adriana Nogueira e a representante da empresa responsável pela obra referente à empreitada de conservação e restauro dos módulos de taipa Almóada do Castelo de Paderne, para a assinatura do respetivo auto de consignação, informa comunicado do município.
Trata-se da segunda fase das obras de restauro que deverão começar em janeiro de 2023, com a duração de oito meses, garantindo a recuperação, tanto por dentro como por fora, de parte da muralha virada a nordeste em frente à torre albarrã e da porta de entrada em cotovelo.
A obra, cujo valor global é de 591 190,00 euros, chega agora à segunda fase, depois de terminado o projeto de conservação da torre albarrã (primeira fase). A Câmara Municipal comparticipa em 40 por cento do valor da empreitada, ou seja, em cerca de 210 mil euros.
Segundo a autarquia, o Castelo de Paderne, tem revelado importantes descobertas que contribuem para o conhecimento do período islâmico, como por exemplo, o facto de todo ele ter sido resultado de um projeto urbanístico previamente desenhado e definido, estruturado a partir de uma rua principal, a partir da qual partiam outras ruas secundárias paralelas entre si, com um complexo sistema de escoamento das águas pluviais e residuais, estando as antigas casas muçulmanas organizadas em quarteirões, com caraterísticas arquitetónicas da casa mediterrânea.
O presidente da Câmara Municipal de Albufeira frisa que “este é um investimento feito no sentido da conservação do património material concelhio, imprescindível, tendo em conta a relevância histórica e cultural do castelo para a autarquia”. José Carlos Rolo sublinha, igualmente, a nomeação de Paderne como Aldeia de Portugal.