Sociedade

Castro Marim realizou "Fins de Tarde ao Sal" narrados por salineiros experientes

 
Com a chegada das primeira chuvas, é altura de voltar a inundar os talhos para os proteger do inverno e poder dar início a um novo ciclo na primavera do ano que vem.

Segundo explica a autarquia, Castro Marim é, neste momento, o núcleo mais representativo da salicultura tradicional, "não só por ser uma unidade geográfica bem definida, mas também porque aqui persiste a maior comunidade de salinicultores artesanais". É também nesta "vida do sal" que reside o âmago da identidade cultural castromarinense.
 
Ao longo do tempo, o município diz ter procurado promover esta cultura, dando-lhe a visibilidade e o destaque que merece, nomeadamente na promoção quer na atividade salineira, mas tambem realçar a profissão do "salineiro", assim como promover os produtos "sal e flor de sal de Castro Marim". 
 
 
Exemplo mais recente disso foram as oficinas dos "Fins de Tarde ao Sal", que decorreram nos dias 2 e 9 de setembro na Salina Félix, em plena Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e VRSA, narradas pelos próprios salineiros, que todos os dias se entregam a este trabalho árduo.
 
A ação organizada pelo Município de Castro Marim e Associação Odiana, e que integrou o programa Bandeira Azul 2020, enquadrou-se na candidatura "Patrimónios de Castro Marim: Valorização e Promoção de Produtores Locais e Produtos Endógenos", comparticipada pelo PO CRESC 2020, projeto PADRE, apoiada por Portugal e União Europeia, cofinanciada a 70% pelo FEDER.
 
Recorde-se que no ano passado, Castro Marim conseguiu também ver legalmente protegida a denominação "Sal e Flor de Sal de Castro Marim" (DOP – Denominação de Origem Protegida), para afirmação do sal como marca territorial.